Vale e Azevedo: credor pede insolvência - TVI

Vale e Azevedo: credor pede insolvência

Vale e Azevedo em Londres

A empresa Finurba Corporate Finance alega que empresa do ex-presidente «não pode pagar as suas dívidas»

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A empresa de que João Vale e Azevedo é director e accionista maioritário é alvo de um pedido de insolvência por um credor questionar a capacidade da V&A Capital Limited pagar as suas dívidas.

O pedido será analisado pelo tribunal a 28 de Janeiro, de acordo com as informações fornecidas pelo tribunal à agência Lusa.

O processo foi entregue pela Finurba Corporate Finance (FCF) a 27 de Novembro passado em Londres no Companies Court, instituição que aprecia estes casos e equivalente ao Tribunal de Comércio em Portugal.

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De acordo com John Botros, administrador da FCF, a V&A Capital «é insolvente e não pode pagar as suas dívidas».

Contactado pela Agência Lusa, o advogado de Azevedo, Edward Perrott, recusou comentar.

A FCF referiu, numa carta à Lusa, que «outros vários significativos credores da V&A afirmam receber promessas diárias do Sr. Azevedo de que serão pagos, mas claro que nunca o são».

Incumprimento

A FCF é uma subsidiária britânica do grupo Finurba, sedeado em Portugal e fundado pelo alemão Nils Peter Sieger. Recentemente esteve envolvida na tentativa de aquisição da 360 Holding, uma sociedade sueca cotada no índice Firsth North. Todavia, alegando incumprimento «de certas condições» por parte da V&A Capital Limited, não avançou com o negócio.

Uma das intenções era vender as empresas de apostas que a 360 Holding possui e tomar posse do capital da V&A Capital Limited por troca de acções, assumindo o nome da empresa de Vale e Azevedo, ex-presidente do clube de futebol português Benfica.

Nils Peter Sieger, da Finurba, através de um representante, Mark Johnson, alegou em Dezembro passado confidencialidade relacionada com o facto de a 360 Holding ser uma empresa cotada para não explicar as razões da anulação do negócio.

Niels Sieger era identificado até meados de Dezembro de 2008 na página de Internet da empresa de Vale e Azevedo como sendo um dos responsáveis, o que afirmou ter sido feito à sua revelia.

Não é sócio

Todavia, Johnston garantiu à Lusa que Siger não é sócio nem administrador da V&A Capital, tendo prestado serviços de consultoria que não foram totalmente pagos.

A menção ao empresário alemão radicado em Portugal na página foi, entretanto, retirada.

João Vale e Azevedo aguarda a apreciação do recurso pelo Tribunal Superior (High Court), equivalente ao Supremo Tribunal de Justiça, à extradição para Portugal, mas a audiência ainda não foi agendada. Um tribunal de primeira instância inglês deu provimento ao pedido de extradição a 27 de Novembro de 2008.
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