Nova queixa-crime contra Vale e Azevedo - TVI

Nova queixa-crime contra Vale e Azevedo

Vale e Azevedo  (Foto Lusa por António Cotrim)

Família Dantas da Cunha acusa-o de crimes de insolvência dolosa, falsificação de documento e falsas declarações para realizar hipotecas

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A família Dantas da Cunha vai apresentar outra queixa-crime contra Vale e Azevedo, acusando-o de três crimes, de moldura penal até 12 anos de prisão, praticados pelo ex-presidente do Benfica em hipotecas ilícitas.

O mandatário da família Dantas da Cunha, António Pragal Colaço, disse à Agência Lusa que Vale e Azevedo é indiciado dos crimes de insolvência dolosa da sua empresa Sojifa, falsificação de documento e falsas declarações, para que pudesse realizar as hipotecas da sua casa em Almoçageme, em Sintra, e dos escritórios na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

«Vale e Azevedo era o accionista principal da sociedade Sojifa, a qual era detentora de todos os bens imóveis, pois ele nunca teve nada em seu nome pessoal. Para fugir aos credores, colocou todos os bens imóveis em nome de outras sociedades que também são suas. Mas aqui utilizou familiares seus e empresas estrangeiras para ocultar que o verdadeiro dono continuou a ser ele», explicou o representante legal da família Dantas da Cunha.

Sabendo da acção cível interposta pela família Dantas da Cunha, em 2002, Vale e Azevedo simulou uma hipoteca da sua casa e da área de escritórios na Avenida da Liberdade a favor da V & A Capital Limited, «que, afinal, veio a verificar-se que também era sua».

Deste modo, Vale e Azevedo «precaveu-se no caso de perder» a acção interposta em 2002, no Tribunal Cível da Comarca de Lisboa, pela Pêmais - Administração Comercial SA, da família Dantas da Cunha, credora do antigo presidente do Benfica em 20 milhões de euros.

Como sublinhou o advogado, «ele tentou esconder do tribunal Cível que eram dele as empresas para as quais ele vendeu bens que não lhe pertenciam» e sobre os quais a família Dantas da Cunha é credora, reforçando «a possibilidade de isso se descobrir com outra habilidade», uma hipoteca a favor de si próprio através de uma empresa inglesa.

«A casa de Vale e Azevedo, em Almoçageme, foi vendida para a Imaved e os escritórios na Avenida da Liberdade à Vale & Azevedo Capital - Consultadoria e Gestão Empresarial SA, tendo hipotecado-as posteriormente. Ele mentiu e fez hipotecas falsas», sustentou o advogado.
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