A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) espera que a Escola Secundária Carolina Michaelis (Porto) conclua, ainda esta semana, um inquérito ao caso da alegada agressão duma aluna a uma professora.
Em declarações à Lusa, o director adjunto da DREN, António Leite, assegurou que a estrutura desconcentrada do Ministério da Educação vai aguardar, «sem comentários», a conclusão desse inquérito.
«Entendemos que, neste caso, o silêncio deve ser levado quase ao limite», sublinhou o director adjunto, considerando que «a pressão é prejudicial» ao trabalho de apuramento dos factos.
A Escola Secundária Carolina Michaelis tem cinco dias úteis, contados desde a última quinta-feira, para concluir o inquérito aos acontecimentos, mas, por razões devidamente justificadas, pode pedir a prorrogação do prazo.
Apesar do período de férias pascal, e do elevado número de pessoas a ouvir, o director adjunto da DREN, António Leite, crê que os cinco dias úteis serão suficientes.
No âmbito do inquérito serão ouvidos os principais protagonistas (professora alegadamente agredida, aluna agressora e aluno que filmou a cena), bem como restantes alunos da turma, que tem um total de 28 educandos.
António Leite disse que o que ocorreu «não se resume a um minuto e quarenta segundos [tempo do vídeo sobre o incidente, que passou no Youtube], sendo inquestionável a necessidade de perceber muito bem o antes e o depois, com o testemunho de todos os intervenientes».
Nas suas declarações à Lusa, o director adjunto da DREN confirmou que presidiu esta segunda-feira a uma reunião com outros responsáveis da DREN e com o Conselho Executivo da Carolina Michaelis, e admitiu que o caso da professora alegadamente agredida foi um dos assuntos em agenda.
«Sem desvalorizar a gravidade» do sucedido, António Leite garantiu que o caso da Escola Secundária Carolina Michaelis «não reflecte a realidade escolar na área da DREN», correspondente a 40 por cento do território português.
A professora da «Carolina Michaelis» foi vítima de uma cena de violência física e verbal por parte de uma aluna, depois de lhe retirar um telemóvel, cujo uso é proibido durante as aulas.
A cena foi gravada por um aluno da mesma turma e o vídeo foi colocado no site YouTube, mostrando a aluna em causa a gritar e a empurrar a professora quando a docente lhe procura tirar o telemóvel.
Professora agredida: conclusões esta semana
- Portugal Diário
- SM
- 24 mar 2008, 18:12
Escola vai ouvir professora, aluna e todos os que estavam presentes
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