Medicamentos mais caros para consumidores - TVI

Medicamentos mais caros para consumidores

  • Portugal Diário
  • 18 jan 2007, 15:59

No terceiro trimestre de 2006 medicamentos subiram 6,74 por cento

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O preço dos medicamentos e especialidades farmacêuticas, aumentou, para os consumidores, 6,74 por cento no último trimestre de 2006, face a igual período de 2005, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), noticia a Lusa.



Face ao trimestre anterior, o custo dos medicamentos e especialidades farmacêuticas agravou-se 6,32 por cento.

Segundo o INE, o índice de preços dos produtos farmacêuticos (medicamentos e especialidades farmacêuticas) é construído tendo em conta o valor efectivamente pago pelos consumidores, pelo que é afectado pelas taxas de comparticipação e pela entrada ou saída de medicamentos da lista de comparticipados pelo Estado.

A despesa dos consumidores com medicamentos e especialidades farmacêuticas baixou desde Julho de 2002, ano base da actual série do índice de preços no consumidor (IPC), até Dezembro de 2005/ Janeiro de 2006, meses em que ficou 7,4 por cento abaixo do preço médio de 2002.

A partir de Fevereiro de 2006 os preços dos produtos farmacêuticos para os consumidores inverteram a tendência de queda, em Novembro do ano passado ultrapassaram o valor médio de 2002 e em Dezembro atingiram um máximo da actual série do IPC.

José Aranda da Silva, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, disse à agência Lusa que o aumento do gasto dos consumidores com medicamentos em 2006 poderá ter ficado a dever-se ao fim da majoração de 10 por cento da comparticipação dos genéricos e a reduções com a comparticipação de alguns medicamentos (de 100 para 95 por cento e de 40 para 20 por cento).

«Os doentes portugueses, comparativamente com os restantes países europeus, são os que já assumem a maior percentagem no custo de cada medicamento» afirmou Aranda da Silva, observando que «em muitos países existem sistemas de apoio a doentes que tornam os medicamentos essenciais praticamente gratuitos».

José Aranda da Silva assinala que, com o Orçamento do Estado para 2007, a parte da despesa com medicamentos a suportar pelos utilizadores vai aumentar e a comparticipação do Estado diminui.
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