Minho: chacinas de cavalos por desvendar - TVI

Minho: chacinas de cavalos por desvendar

Garranos mortos em Paredes de Coura

Mais cinco garranos mortos a tiro em Melgaço. Matanças devem ser «vinganças de vizinhos»

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No início do mês de Junho, a notícia de dez garranos assassinados a tiro de caçadeira em Paredes de Coura chocou a região. As investigações não chegaram a nenhuma conclusão e aconteceu uma nova chacina no Alto Minho: cinco cavalos de raça garrana foram mortos a tiro em Mourim, concelho de Melgaço. Ao que o PortugalDiário conseguiu apurar, a principal suspeita recai sobre os proprietários agrícolas da região.

«O problema normalmente reside no facto dos criadores serem desmazelados e deixarem os cavalos à solta. Depois eles entram nos terrenos de outras pessoas, estragam as produções e os criadores não assumem os prejuízos, o que causa alguma revolta nos proprietários», explicou João Paulo Ribeiro, presidente da Associação de Criadores de Equinos de Raça Garrana.

Raça em risco de extinção dá pena pesada para os culpados

Desta forma, estas chacinas parecem ser «vinganças de vizinhos». «As causas do primeiro caso apontam para isso», revelou. Fonte da GNR confirmou ao PortugalDiário que «as populações se sentem prejudicadas, porque os garranos afectam as produções, por isso a maior suspeita neste momento são mesmo os proprietários».

O garrano é um cavalo com origem no norte de Portugal e é uma espécie protegida, porque está em risco de extinção. «A verificar-se esta suspeita e se tudo funcionar como no caso do lobo, que também é uma espécie protegida, a pena poderá ir desde a multa até à prisão», afirmou João Paulo Ribeiro.

Actualmente, existem menos de dois mil cavalos de raça garrana no país e as matanças no Alto Minho continuam a ser investigadas pela Polícia Judiciária.
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