Tap: sindicato pode retirar pré-aviso de greve

O Sindicato dos Técnicos do Handling admitiu esta sexta-feira retirar o pré-aviso de greve para 31 de Agosto, 1 e 2 de Setembro se o Governo garantir que a TAP mantém a exclusividade do «handling» com a Groundforce, escreve a Lusa.

André Teives, do Sindicato dos Técnicos de Handling dos Aeroportos (STHA), disse que se o Governo «der garantias ao sindicato de que a TAP vai cumprir os contratos de exclusividade do handling com a empresa de assistência em terra aos aviões Groundforce até ao final de 2010», altura em que termina o contrato que a TAP tem com a empresa, «o pré-aviso de greve para os dias 31 de Agosto, 1 e 2 de Setembro pode ser retirado».

Na segunda-feira, às 19:00, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações recebe o STHA, em resposta ao pedido de audiência enviado pelo sindicato no dia 13 de Agosto.

Aliás, o pedido de audiência ao Governo era um dos pontos do pré-aviso de greve do sindicato, que tem defendido que os funcionários da Groundforce «têm sido repetidamente, e ao longo dos últimos nove meses, difamados por parte da TAP», accionista de referência da empresa de assistência em terra aos aviões.

A transportadora aérea portuguesa, que além de ser o segundo maior accionista da Groundforce (49,9 por cento) é o seu principal cliente, tem criticado os serviços de assistência da empresa, responsabilizando-a por problemas com bagagem de passageiros e atrasos.

Sindicatos querem garantias

Neste sentido, o STHA quer garantias, por parte do Governo, de que a «TAP vai passar a comportar-se como accionista e co-responsável do negócio, deixando de fazer acusações difamatórias aos operacionais da Groundforce, com isto minando a credibilidade e viabilidade da mesma face a todos os outros clientes».

«Vamos para dialogar de uma forma construtiva, pois queremos fazer parte da solução e não do problema», disse o dirigente sindical.

Ás 15:00 desta sexta-feira, está agendada uma reunião entre a administração da Groundforce e o STHA, tendo em vista a «criação de uma declaração de intenções em que a empresa se comprometa a não fazer contratações através de empresas de trabalho temporário».

Nos dias 18 e 19 de Agosto os trabalhadores da Groundforce cumpriram uma greve de 48 horas para reivindicar uma revisão salarial e contestar horários de trabalhos «ilegais» e o «aumento do recurso a empresas de trabalho temporário» na contratação de funcionários.

A Groundforce, empresa prestadora de serviços de assistência nos aeroportos (handling) às companhias aéreas, é responsável por cerca de 80 por cento do movimento aeroportuário, nas suas vertentes de atendimento a passageiros, check-in, recolha e entrega de bagagens e transporte de passageiros e bagagens entre os terminais e os aviões.