Pescas: oito mil barcos em terra - TVI

Pescas: oito mil barcos em terra

Pesca - Foto Lusa

Este sábado cumpre-se o segundo dia de greve e o peixe que estiver à venda foi pescado na quinta-feira

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Cerca de oito mil barcos portugueses cumprem este sábado o segundo dia de paralisação em protesto contra a falta de apoios para enfrentar o aumento acentuado dos preços dos combustíveis, escreve a Lusa.

António Macedo, do Sindicato dos Pescadores do Norte, garantiu este sábado à agência Lusa que «o protesto vai continuar por tempo indeterminado» e que o peixe que hoje está a ser vendido nas grandes superfícies comerciais ou nos mercados «já foi pescado quinta-feira».

«Hoje vão decorrer diversas reuniões com pescadores, armadores e sindicatos e o protesto vai continuar com 100 por cento de adesão por tempo indeterminado», afirmou.

Porém, segundo António Macedo, o Governo já deu alguns sinais de querer discutir a situação, nomeadamente «com a marcação de uma reunião na terça-feira, com o ministro da Agricultura, Jaime Silva».

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«Há neste momento um sinal positivo com o anúncio de medidas por parte do Governo que parece que vão ser apresentadas terça-feira. Contudo, até lá, a paralisação vai continuar», garantiu.

Sexta-feira, o primeiro dia de paralisação dos armadores e pescadores portugueses foi marcado por milhares de barcos parados e por diligências políticas e comerciais para fazer face à previsível falta de peixe fresco nos próximos dias.

A Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca garantiu que, devido à greve, «nenhuma embarcação saiu para o mar» nas várias lotas do Algarve e nos principais portos de pesqueiros de Sesimbra, Figueira da Foz, Peniche, Póvoa de Varzim e Matosinhos.

O ministro da Agricultura e Pescas, Jaime Silva, reconheceu que a «maioria» da frota costeira ficou em terra, mas salientou que a pesca longínqua não está parada.

O sector pesqueiro português avançou para a paralisação em consonância com os seus congéneres da Espanha, França e Itália.
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