Gondomar: taxista assassinado não accionou sistema de segurança - TVI

Gondomar: taxista assassinado não accionou sistema de segurança

Táxi [Arquivo]

Antral diz que vítima terá sido apanhada desprevenida pelo assaltante

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O vice-presidente da ANTRAL, José Monteiro, admitiu que o taxista assassinado na madrugada de domingo no Grande Porto, em Gondomar, tenha sido apanhado desprevenido, explicando-se assim o facto de não ter accionado o sistema Táxi Seguro.

José Monteiro, que trabalha na mesma praça de táxis, em Ermesinde, Valongo, e era amigo da vítima, disse à Lusa que o colega era «a pacatez em pessoa».

Recordou, no entanto, que ele já tinha sido vítima de um outro «assalto violentíssimo», há cerca de três anos.

«Se tivesse desconfiado de que algo poderia correr mal e accionasse o sistema logo que os passageiros entraram, o crime poderia ser evitado», sustentou o responsável da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL).

O taxista Jorge Cruz, 39 anos, foi morto a tiro depois de iniciar, cerca das 02:00 de domingo, uma corrida que terminou em Rio Tinto, Gondomar.

Na postura da estação de Ermesinde encontravam-se quatro táxis e Jorge Cruz era o penúltimo.

«Os dois motoristas à sua frente terão alegado outros serviços para recusar o transporte de três suspeitos, mas o Jorge devia estar distraído e aceitou a corrida», disse José Monteiro.

Os suspeitos do crime, identificados visualmente pelo quarto motorista que ficou na praça, são três homens, de aparência jovem, um dos quais de cabelo pintado.

A viatura estava dotada do dispositivo Táxi Seguro, que permite a localização do veículo através do GPS, estando ligado à PSP, mas o sistema não foi accionado.

O Mercedes foi encontrado na Rua das Carvalheiras, em Rio Tinto, com o taxímetro a marcar oito euros.

Jorge Cruz encontrava-se ao volante, atingido mortalmente com um tiro que lhe terá atingido os pulmões.

A Polícia Judiciária (PJ) do Porto, que está a investigar o homicídio, já interrogou os taxistas que se encontravam na postura de Ermesinde e está a proceder a exames no veículo.

Contactada pela Lusa, fonte da PJ escusou-se a revelar se os suspeitos já foram identificados ou detidos.
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