Faro: hospital nega esperas de 5 anos - TVI

Faro: hospital nega esperas de 5 anos

  • Portugal Diário
  • 19 out 2007, 18:02

Relatório do TC declara que foram detectados tempos de espera elevados em Ortopedia

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O Hospital de Faro negou hoje que o tempo de espera para uma consulta de Ortopedia atinja os cinco anos, conforme indica um relatório do Tribunal de Contas (TC), mas admite que tem falta de pessoal nessa especialidade, noticiou a Lusa.

O relatório, elaborado na sequência da auditoria ao Acesso dos Cuidados de Saúde, indica que foram detectados tempos de espera «especialmente elevados» na Ortopedia da unidade algarvia, que podem atingir os cinco anos entre a marcação e a realização da consulta.

Em comunicado, o Hospital de Faro diz que os dados não correspondem à «realidade actual», pois desde Maio de 2007 que, com a implementação do projecto «Consulta a Tempo e Horas», as consultas são agendadas desde logo, depois de avaliada a prioridade clínica.

Segundo a administração do Hospital de Faro (HDF), os dados apurados dizem respeito ao sistema de marcação de consultas em vigor até ao final de 2006 e não têm «natureza estrutural», por se reportarem a um indicador relativo ao pedido de consulta com data mais antiga.

«Foi explicado durante o processo de auditoria que aquele e os restantes pedidos careciam de filtragem no sentido de se confirmar, face ao período de tempo decorrido, se as situações tinham ou não sido resolvidas», refere o HDF.

A administração acrescenta que os indicadores analisados ainda se reportam ao sistema de referenciação manual e que, quando tomou conhecimento, em 2006, da dimensão da lista de espera para consulta externa, criou as condições para dar «de imediato» resposta às situações prioritárias.

Contudo, a administração do HDF admite que a especialidade de Ortopedia é «carenciada» de Recursos Humanos e, por ter uma forte actividade operatória em consequência da forte sinistralidade da região, não lhe foi possível resolver todos os casos.

«Não foi possível dar resposta a toda a procura proveniente dos centros de saúde, embora nos anos de 2004, 2005 e 2006 se tenham realizado cerca de 10 mil consultas por ano, das quais cerca de 45 por cento foram primeiras consultas», concluem.
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