Médico condenado por abuso sexual a utentes ainda exerce - TVI

Médico condenado por abuso sexual a utentes ainda exerce

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Ordem dos Médicos tem dois processos disciplinares abertos, mas aguarda por uma comunicação oficial das condenações para concluir o caso. Médico ainda trabalha no Hospital de Faro

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A Ordem dos Médicos tem dois processos disciplinares abertos relativamente a um ginecologista que exerce no Hospital de Faro condenado por crimes de abuso sexual a utentes, mas aguarda por uma comunicação oficial das condenações para concluir o caso.

O Correio da Manhã desta quinta-feira noticia que o médico ginecologista J.V., a exercer medicina no Hospital de Faro e com clínica médica unipessoal no centro da cidade, foi acusado pelo Ministério Público de três crimes de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência.

Pelos crimes cometidos em 2004, e que foram praticados na clínica privada de J.V., o médico ginecologista foi condenado pela Justiça a dois anos e três meses por cada crime, traduzindo-se num cúmulo jurídico de três anos de prisão suspensa, uma pena que não obriga a afastamento do cargo de médico.

Fonte oficial da Ordem dos Médicos adiantou à agência Lusa que há dois processos disciplinares em curso relativamente a este médico, mas que aguardam uma decisão do tribunal, que oficialmente ainda não chegou.

«A Ordem ainda não tem conhecimento da decisão do tribunal. Normalmente, a Ordem aguarda pela decisão do tribunal para fundamentar a sua decisão. Assim que tiver informação sobre as condenações, o processo será retomado, apesar de ele estar actualmente aberto e em curso», disse a mesma fonte.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, admitiu em declarações à Lusa que «um indivíduo que é condenado por abuso sexual tem uma probabilidade muito elevada de acabar expulso [da classe]».

Hospital aguarda decisão

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Hospital Central de Faro admitiu que sem notificação do Tribunal ou Ordem dos Médicos não tomará nenhuma medida relativamente ao facto de terem a trabalhar naquela instituição um ginecologista condenado em 2004 por crimes de abuso sexual.

A mesma fonte afirmou que se o Hospital recebesse qualquer notificação das autoridades judiciais «tomaria medidas adequadas», mas, até ao momento, à unidade pública hospitalar nada foi informado.
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