Tróia: torres destruídas por implosão esta tarde - TVI

Tróia: torres destruídas por implosão esta tarde

  • Portugal Diário
  • 8 set 2005, 07:29

Edifícios têm fim marcado para as 16 horas. Foi mobilizado um dispositivo de prevenção constituído por 40 bombeiros e dez viaturas, incluindo ambulâncias. Implosão marca o início da Nova Tróia

Duas das seis torres do antigo complexo turístico da Torralta na península de Tróia vão ser hoje demolidas, por implosão, numa operação a que deverão assistir o primeiro-ministro, José Sócrates, o empresário Belmiro de Azevedo e autarcas da região.

Os trabalhos de preparação dos dois edifícios foram feitos por uma empresa inglesa, contratada pelo grupo Sonae, que colocou cerca de 95 quilos de cargas explosivas nos pontos mais frágeis, para provocar a implosão das duas torres.

A GNR e a Capitania do porto de Setúbal garantem o cumprimento das medidas de segurança decretadas pela Protecção Civil Distrital - restrições à circulação automóvel em Tróia, proibição de acesso às praias e suspensão das carreiras fluviais da Transado entre as duas margens do rio Sado.

Para a península de Tróia foi também mobilizado um dispositivo de prevenção constituído por 40 bombeiros voluntários e dez viaturas, incluindo ambulâncias, das corporações de Alcácer do Sal e de Grândola.

As duas torres, que deverão "cair" pelas 16.00, estão situadas na zona central de Tróia, tecnicamente designada como Unidade Operativa de Planeamento 1 (UNOP1), onde vão ser construídos os principais equipamentos turísticos do empreendimento, na sequência do acordo estabelecido há cerca de oito anos entre o grupo Sonae-Turismo e o Estado português.

O empreendimento turístico de Tróia é o primeiro de um conjunto de projectos que poderão transformar o litoral alentejano num dos melhores destinos turísticos do país.

Além de Tróia, estão previstos para o litoral alentejano mais três grandes empreendimentos turísticos, um na Comporta e dois (Herdade do Pinheirinho e Costa Terra) em Melides, todos no concelho de Grândola.

A demolição das duas torres de Tróia assinala o fim de um projecto da Torralta vocacionado para o turismo de massas, que na década de 70 foi publicitado nas televisões como o "admirável mundo novo", mas que acabou por se revelar um investimento desastroso para milhares de pequenos aforradores.

Por outro lado, a implosão das duas torres marca o arranque de um novo ciclo que pretende compatibilizar o desenvolvimento turístico da Península de Tróia com a preservação do ambiente numa zona muito sensível, que incluiu sítios da Rede Natura 2000 e que confina com a zona protegida da Reserva Natural do Estuário Sado.
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