Casais inférteis aplaudem apoio do Governo - TVI

Casais inférteis aplaudem apoio do Governo

Grávidas

Ministra da Saúde anuncia aumento da comparticipação nos medicamentos para tratamentos de infertilidade

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A Associação Portuguesa de Fertilidade (APF) congratulou-se esta segunda-feira com as medidas anunciadas pelo Governo para apoiar os casais inférteis, considerando-as um «primeiro passo» para o muito que ainda há a fazer nesta área, refere a Lusa.

A ministra da Saúde, Ana Jorge, anunciou duas medidas para ajudar estes casais: o aumento da comparticipação nos medicamentos utilizados nos tratamentos de infertilidade de 37 para 69 por cento e o encaminhamento imediato para os privados dos casais em lista de espera.

«As medidas são extraordinárias. Representam um dos primeiros passos para apoiar estes casais», afirmou a presidente da APF, Filomena Gonçalves, à margem da visita da ministra da Saúde, Ana Jorge, ao centro de Procriação Medicamente Assistida (PMA) da Maternidade Alfredo da Costa.

Filomena Gonçalves sublinhou que o aumento da comparticipação da medicação era «há muito esperado», «é uma medida muito bem acolhida, porque era um dos custos mais elevados para estes casais».

«O encaminhamento para os casais também é importante, mas existem ainda duas ou três questões que ficam por resolver», sublinhou a responsável.

Filomena Gonçalves apontou o facto de as seguradoras não reconhecerem a infertilidade como doença e a não existência de um banco público de gâmetas (óvulos e espermatozóides).

Por outro lado, o plano do Governo prevê «apenas um tratamento do segundo ciclo e é preciso normalmente três tratamentos para se conseguir uma gravidez», acrescentou, defendendo o aumento desse número de tratamentos.

2.800 casais em lista de espera

Segundo a ministra da Saúde, existem 2.800 casais em lista de espera, sendo as situações mais graves na região de Lisboa e Vale do Tejo e no Sul do país, porque apenas existem duas instituições públicas (MAC e Hospital de Santa Maria) para dar resposta a estes casais.

O centro de PMA da Maternidade Alfredo da Costa, a funcionar há mais de um mês e inaugurado esta segunda-feira por Ana Jorge, deverá efectuar este ano 330 ciclos, 440 no ano seguinte e 600 em 2011.

Para Filomena Gonçalves, a abertura deste centro representa «o aumento da capacidade do tratamento da PMA que é bastante bem acolhido pela comunidade infértil».

No ano passado foram feitos 172 ciclos (tratamento com técnicas PMA), menos que os 200 habitualmente realizados por ano, uma vez que o centro encerrou em Setembro para obras.
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