Joana: «MP não reconhece erro para salvar a pele» - TVI

Joana: «MP não reconhece erro para salvar a pele»

Antigo inspector acusado acredita nas agressões a Leonor Cipriano, mas não por estes arguidos

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O antigo inspector da Polícia Judiciária Paulo Pereira Cristóvão considerou, esta quarta-feira, que o Ministério Público não reconheceu o «erro» de o ter acusado de tortura relativamente a Leonor Cipriano para «salvar a pele», diz a Lusa.

«Vejo o Ministério Público (MP) a querer salvar-se de uma situação complicada em que se meteu e acho que hoje ficou esclarecida à exaustão a nossa inocência e o erro onde o MP lavrou durante muito tempo. Pensávamos que hoje tivesse a hombridade de reconhecer o logro onde caiu, mas pelos vistos manteve, tentando salvar a sua pele», afirmou, à saída do Tribunal de Faro.

«Se houver justiça, só podem absolver estes arguidos»

Após as partes terem feito as alegações finais, Cristóvão disse também não o chocar que o assistente da Ordem dos Advogados, Rodrigo Santiago, tivesse chamado criminoso aos arguidos e pedido a sua condenação. «Se eu fosse um qualquer traficante de droga e lhe pagasse 100.000 euros para ele me defender, ele diria o mesmo da outra parte. Não levo isso em consideração», respondeu.

O antigo inspector considerou que «houve coisas que hoje, nas alegações finais, ficaram demonstradas», nomeadamente que «a senhora Leonor Cipriano terá sido agredida, mas terão de pensar que estes elementos da PJ estavam no Algarve há dois dias e estão a ser acusados por agressões que a própria perita do Estado diz que podem ter acontecido 21 dias antes». «Nesta conformidade, não sei onde pode haver Justiça a sustentar qualquer tipo de acusação», acrescentou.

Pereira Cristóvão admitiu ainda que «houve determinados momentos que custaram um bocado, nomeadamente ter ouvido certas mentiras que foram aqui ditas por elementos da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e depois virem pedir desculpas nas escadas pelo que tinham acabado de falar».

«Não será propriamente porque disseram a verdade. A única pessoa que teve a humildade e a decência de chegar aqui e dizer a verdade, neste momento, está a ser perseguida por um processo disciplinar», lamentou Cristóvão, referindo-se ao guarda prisional António Maia, que disse não lhe parecer que Leonor Cipriano tivesse sido agredida.
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