Já beijou muito hoje? Há séculos que há beijoqueiros - TVI

Já beijou muito hoje? Há séculos que há beijoqueiros

Casal beija-se durante um flashmob de beijos. (REUTERS/Eduard Korniyenko)

Dia nacional do beijo celebra-se este sábado. Quem o inventou?

Dizem que os primatas alimentavam os filhos boca a boca. Mastigavam primeiro a comida e depois passavam-na aos filhotes. Pensar que o beijo na boca nasceu assim pode não despertar sorrisos e, claro, vontade de beijar. Mas este sábado é dia para isso mesmo, já que se comemora o dia mundial do beijo. Dependendo dos países, celebra-se no dia 13 de abril ou no dia 6 de julho. Por cá, é mesmo hoje.

Há séculos que o(s) beijo(s) fazem parte da rotina das pessoas, por imposição social ou por simples impulso. Os romanos, por exemplo, tinham três tipos de beijos: um trocado entre conhecidos, o basium; outro que só podia ser dado a amigos íntimos (osculum); e, claro, não podia faltar o beijo dos amantes, designado por suavium. A hierarquia ditava os tipos de beijos aos imperadores romanos: os nobres mais influentes podiam beijar-lhes os lábios - um beijo na boca, portanto; os menos nobres importantes só podiam beijar as mãos e os súbditos ficavam-se pelos pés.

Mas há outras curiosidades interessantes sobre os beijos na boca. Na Escócia, por exemplo, no final da cerimónia de casamento, não era o noivo que beijava a noiva, mas... o padre. E era uma regra para seguir à risca, porque acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa forma de benção. O noivo era ainda relegado para segundo plano durante a boda, uma vez que a noiva devia beijar todos os homens presentes, em troca de dinheiro (para o casal, claro). Tudo em nome da felicidade, abençoada e financeira.

Há séculos que se roubam beijos. Os nobres franceses do século XV podiam beijar a mulher que bem entendessem, sem isso ser encarado como traição por aquelas que tinham parceiro, ou sem merecer indignação por aquelas que não tinham e não queriam ser beijadas.

Mas em Itália, na mesma altura, um homem assim atrevido não tinha a mesma sorte. Se fosse apanhado em público a beijar uma mulher, era obrigado a casar-se com ela.

Românticas como lhes é característico, mais de 7 milhões de mulheres já beijaram a estátua do soldado italiano Guidarello Guidarelli, uma obra de Tullio Lombardo que data do século XVI, por ter alegadamente o poder de, com isso, trazer-lhes casamentos fantásticos.

Já do contra foi Oliver Cromwell, no século XVII, ao proibir beijos aos domingos em Inglaterra. Quem prevaricasse, tinha a prisão como certa.

E, claro, não nos podíamos esquecer dos esquimós, para quem a palavra beijar é também a que utilizam para dizer cheirar. Daí que o beijinho à esquimó seja um beijinho de narizes.

Certo, certo é que os relatos mais antigos sobre o beijo datam de 2.500 a.C. Parece que foi na Índia e as paredes dos templos comprovam-no. E havia quem tivesse por hábito enviar beijos aos deuses. Mas hoje é dia de, terra-a-terra, beijar a sério. E muito.
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