Casa Pia: procurador pede mais de 40 alterações de factos - TVI

Casa Pia: procurador pede mais de 40 alterações de factos

João Aibéo, procurador do Ministério Público

Quase todos tem se referem a datas e locais onde terão decorrido abusos

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O Ministério Público propôs mais de 40 alterações de factos que estão a ser julgados no processo de pedofilia da Casa Pia, a quase totalidade referente a datas e locais onde terão decorrido abusos a alunos da instituição.

O conjunto de alterações não substanciais (lugar e data) e substanciais (tipo de crime) propostas pelo procurador João Aibéo, a que a agência Lusa teve acesso esta terça-feira, tem 19 páginas e deu entrada no Tribunal quinta-feira passada, tendo sido distribuído pelos sete arguidos desde segunda-feira.

O representante do Ministério Público no processo, a ser julgado actualmente no Tribunal Criminal de Monsanto, Lisboa, salvaguarda na proposta que tanto os assistentes (vítimas e a própria Casa Pia) como os sete arguidos «poderão requerer produção suplementar de prova, caso o Tribunal entenda deferir» as alterações requeridas.

A aceitação implicará que os advogados dos arguidos aleguem a necessidade de tempo para fazerem a defesa dos crimes que o procurador diz agora, findo o período de audiências e realizadas as alegações finais de todas as partes, terem decorrido em momentos ou locais diferentes dos que estiveram a ser julgados e constam do despacho de pronúncia.

O julgamento do processo Casa Pia é o mais longo da Justiça portuguesa, prolongando-se há mais de quatro anos, nos quais se realizaram mais de 40 audiências.

São arguidos o ex-motorista da Casa Pia Carlos Silvino, o apresentador de televisão Carlos Cruz, o médico Ferreira Dinis, o embaixador Jorge Ritto, o antigo provedor-adjunto da instituição Manuel Abrantes, o advogado Hugo Marçal e Gertrudes Nunes, proprietária de uma casa em Elvas apontada como local onde terão decorrido abusos de menores casapianos.
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