Face Oculta: escutas «não servem para nada» - TVI

Face Oculta: escutas «não servem para nada»

Defendeu advogado de José Penedos no início do julgamento

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O advogado de José Penedos no caso Face Oculta, Rui Patrício, criticou esta terça-feira duramente quem investigou, acusou e pronunciou neste processo, considerando que foi «construído com base em escutas a partir de suposições».

Na primeira sessão do julgamento, que hoje começou no tribunal de Aveiro, Rui Patrício disse que as escutas «não servem para nada».

«Não há elemento de prova. A investigação esteve sentada com auscultadores e depois supôs e romanceou», afirmou.

O causídico considerou ainda que a acusação em relação a José Penedos é «negra e vazia», porque «os factos que afirma não existiram na realidade», desafiando o Ministério Público a provar tudo aquilo que afirma relativamente ao seu cliente.

«O argumento de que o meu constituinte mercadejou o cargo por causa dos prémios é ridículo», concluiu.

Já o advogado de Manuel Godinho, o principal arguido no caso, defendeu que a fase de disposições introdutórias «não serve para nada e é uma perda de tempo», considerando ainda que a acusação «não tem consistência».

Durante a parte da manhã, o procurador do Ministério Público, Marques Vidal, exibiu uma apresentação em power point com os dados da acusação, nomeadamente os crimes imputados a cada um dos arguidos e o «modus operandi».

O procurador revelou ainda fotografias da entrega de viaturas por parte de Manuel Godinho aos arguidos Paulo Costa e Paiva Nunes e também fotografias de prendas alegadamente entregues aos arguidos no Natal.

O colectivo de juízes presidido por Raul Cordeiro ouviu ainda os assistentes no processo e mais de metade dos advogados dos arguidos, antes de interromper a sessão para almoço, cerca das 12:30.
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