Julgamento sem escutas de Sócrates é «inadmissível» - TVI

Julgamento sem escutas de Sócrates é «inadmissível»

Ricardo Sá Fernandes diz que «o coveiro» deste processo será «a arrogância e a prepotência» de Noronha Nascimento

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O advogado de Paulo Penedos considerou esta terça-feira «inadmissível» que o caso Face Oculta seja julgado com base em escutas feitas ao seu cliente, mas sem as que têm que ver com o ex-primeiro-ministro José Sócrates.

No primeiro dia do julgamento do caso Face Oculta, que decorre no tribunal de Aveiro, Ricardo Sá Fernandes afirmou: «A defesa, o juiz de instrução e o Ministério Público entendem que esses produtos deviam estar neste processo, mas infelizmente o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que não conhece o processo, ordenou a destruição das escutas [que envolvem José Sócrates]».

Sá Fernandes referiu-se a esta decisão como «parte do pecado original de que este processo não se livrará». «Levaremos a questão até às instâncias internacionais se for necessário», afirmou.

Para o advogado de Paulo Penedos, «o coveiro» deste processo será «a arrogância e prepotência exercida pelo presidente do STJ», Noronha Nascimento.

A questão da nulidade das escutas está pendente de um requerimento da defesa de Paulo Penedos, que será apreciado pelo Tribunal Constitucional.

A defesa de Armando Vara também já falou na sala de audiência, mas destacou a presença do «pai da criança» no tribunal, ou seja, os procuradores do Ministério Público responsáveis pela acusação.
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