Supremo: funcionária arguida mantém-se em funções

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Noronha do Nascimento, disse esta sexta-feira, no Porto, que a directora financeira da instituição, que foi constituída arguida no processo que envolve Rodrigo Campos Cunha, antigo administrador do STJ, «vai continuar em funções», informa a agência Lusa.

«Vai continuar em funções até acabar o que está a fazer», afirmou Noronha do Nascimento à entrada da Faculdade de Direito, no Porto, onde hoje decorre a cerimónia de encerramento das comemorações dos dez anos da faculdade.

Questionado pelos jornalistas o presidente do STJ não especificou, no entanto, até quando Teresa Alexandre se vai manter em funções.

Segundo noticiou quinta-feira o Diário de Notícias, a actual administradora e directora financeira do STJ foi constituída arguida no âmbito do processo-crime instaurado a Ricardo Campos Cunha, antigo administrador do STJ e até há pouco tempo chefe de gabinete do Representante da República nos Açores.

Ricardo Campos Cunha foi detido a 15 de Fevereiro por suspeitas de irregularidades financeiras, ficando a aguardar o desenrolar do processo mediante uma caução de 60 mil euros e apresentação periódica às autoridades, numa altura em que a PJ já investigava alegados desvios de verbas no STJ envolvendo este antigo administrador.

Segundo o DN, a investigação do caso está entregue ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), tendo a colaboração da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica (DCICCEF).

O caso rebentou quando Ricardo Campos Cunha foi alvo de uma queixa por alegadas irregularidades financeiras praticadas no âmbito das funções de chefe de gabinete do Representante da República nos Açores.