Maddie: fim à vista

(ACTUALIZAÇÃO ÀS 10 HORAS)

A Polícia Judiciária não terá qualquer indicío ou pista contra o casal McCann e o caso deverá ser encerrado em breve.

Os pais de Madeleine apenas continuarão como arguidos no processo, caso nas respostas às cartas rogatórias, que esta semana foram enviadas para Londres, revelem contradições flagrantes com os primeiros depoimentos, refere o «Expresso».

Além dos McCann, também os amigos que com eles passavam férias na Praia da Luz, na altura do desaparecimento da menor, serão ouvidos por meio de carta rogatória.

Segundo o mesmo jornal, não se registaram desenvolvimentos na investigação desde o início do caso, apesar de a equipa que investiga o desaparecimento de Maddie ser a mesma desde o início, liderada no terreno pelo inspector-chefe Tavares de Almeida e pelo inspector João Carlos Pereira.

Mudou apenas o coordenador Gonçalo Amaral, que foi substituído por Paulo Rebelo, na sequênca de declarações polémicas sobre as relações com a polícia inglesa.

O processo chegou a ser reavaliado com especialistas em homicídios mas sem resultados práticos.

As declarações de Alípio Ribeiro sobre uma «precipitação» na atribuição do estatuto de arguido aos McCann foram encaradas pelo antigo bastonário dos advogados, José Miguel Júdice, como uma preparação da opinião pública para o inevitável: o arquivamento do caso. Júdice admite ainda que o director-nacional estivesse a antecipar o fracasso das investigações.

Refira-se que ao abrigo do novo Código Penal apenas devem ser constituídos arguidos os suspeitos em relação a quem existam fundadas suspeitas.

Maddie desapareceu do Algarve, a 3 de Maio de 2007.

McCann: PJ admite «precipitação»

«Devem deixar de ser arguidos»