Gripe das aves: quatro mil perdizes abatidas - TVI

Gripe das aves: quatro mil perdizes abatidas

  • Portugal Diário
  • 22 dez 2007, 14:58

Focos do vírus H5 detectados em Mafra e na Lourinhã

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Quatro mil perdizes foram já abatidas pelas brigadas da Direcção-Geral de Veterinária (DGV) na exploração de Mafra, onde na sexta-feira estavam dez mil infectadas com o vírus H5 da gripe, que não constitui qualquer perigo para a saúde humana, noticia a Lusa.

«Estão quatro mil eliminadas» ao fim de mais de doze horas de trabalho, revelou à agência Lusa o veterinário municipal de Mafra, Carvalhão Gil. Após a interrupção dos trabalhos às 04 da madrugada, a operação foi retomada de manhã com a captura das perdizes, sendo reiniciada à tarde «a eutanásia nos animais», para que até ao «final do dia esteja concluída».

A quantidade de perdizes, dez mil, está a obrigar ao prolongamento da operação de abate durante largas horas pela DGV, uma vez que «os animais são agarrados, metidos dentro de um recipiente chamado «bigbag», onde é introduzido um produto que liberta gás carbónico que causa a anestesia e depois a morte», explicou o veterinário municipal.

Depois, são enterradas dentro de sacos no pequeno aterro sanitário criado para o efeito, sob a orientação dos serviços do Ministério do Ambiente. A exploração mantém-se isolada, estando proibida a entrada ou saída de pessoas e animais, e foi estabelecido um perímetro sanitário, cuja vigilância é assegurada por militares da GNR.

«Fez-se um perímetro de segurança maior para não haver a aproximação de pessoas da zona de abate, uma vez que é um sítio muito apertado, com uma estrada onde cabe apenas um carro, e onde estão máquinas a movimentar-se para transportar as aves que são enterradas», adiantou fonte da protecção civil.

As medidas de segurança visam também evitar a propagação do vírus para explorações vizinhas, por isso a única que se encontra mais próxima, onde existem mais de mil frangos, permanece também sob sequestro, já que, revelou o veterinário municipal, o «vírus tem um grau de contágio muito grande, apesar de ser de baixa patogenia».

Segundo Carvalhão Gil, «está fora de questão o abate dos frangos», ainda que durante um mês esta exploração fique sujeita a análises periódicas «por uma questão de precaução».

Apesar de não haver outras explorações nas imediações, o veterinário municipal alertou que «as pessoas que tenham aves de capoeira devem mantê-las confinadas de modo a que não haja contacto com aves exteriores», além de ser proibida a realização de feiras.
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