Ex-motorista participou na morte de empresário - TVI

Ex-motorista participou na morte de empresário

  • Portugal Diário
  • 21 nov 2007, 16:49

João Paulo Silva acusa viúva da vítima de dar instruções

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O ex-motorista da família do empresário Paulo Cruz, assassinado em Janeiro em Lisboa, admitiu ter participado no crime sob instruções da arguida e viúva da vítima, Maria das Dores, tendo pedido ajuda ao carpinteiro Paulo Jorge Horta, escreve a Lusa.

«Aceitei realizar os factos», assumiu o arguido, acrescentando que a viúva lhe tinha passado a ideia que «sofria muito, que o marido lhe era infiel e que queria o divórcio e, caso isso acontecesse, ela ficaria sem nada».

Questionado pelo advogado da família da vítima (assistente no processo), o ex-motorista garantiu que tinha apenas uma relação profissional com Maria das Dores, tendo-a caracterizado como «uma pessoa afável e carismática».

Confrontado com transcrições telefónicas que referiam que Maria das Dores lhe queria «dar um beijinho», João Paulo referiu que a arguida, que durante o interrogatório tratou por «doutora, Maria das Dores e Maria», o «tratava como um filho».

João Paulo explicou também que conheceu a família através do cabeleireiro Duarte Menezes cerca de um ano antes do homicídio e que «um mês antes» é que Maria das Dores lhe falou «com insistência em matar o marido».

«Depois da viagem a Nova Iorque cerca de um mês antes do ocorrido, Maria das Dores veio com a ideia fixa de matar o marido. Dois ou três dias antes dos factos combinei tudo com o Paulo Jorge», confessou.

O arguido insiste que não foi ele que bateu com a marreta na cabeça da vítima, mas não nega responsabilidades no homicídio.

«Fui ao apartamento para matar o engenheiro, mas não o matei. Não vi o Paulo Jorge matá-lo, mas como estávamos lá apenas três pessoas só pode ter sido ele. Fui eu que lhe atei o saco na cabeça para evitar ver a cara dele [da vítima]», afirmou.
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