Açores: interdita zona onde derrocada matou três pessoas - TVI

Açores: interdita zona onde derrocada matou três pessoas

Realizou-se esta sexta-feira o funeral das vítimas mortais

O presidente da Câmara Municipal de Povoação, na ilha de S. Miguel, Açores, declarou esta sexta-feira que vai ficar interdita para habitação até segunda-feira a zona onde uma derrocada causou três vítimas mortais na quinta-feira.

«Pelo menos até segunda-feira ninguém vai habitar a Rua do Barreto. Até lá, por conselho do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), todas as pessoas vão ficar realojadas em outros espaços», disse Carlos Ávila aos jornalistas, no final do funeral das vítimas mortais.

O autarca explicou que a maioria das 12 famílias estão realojados em casa de familiares, estando os restantes alojamentos a ser assegurados pela Direção Regional de Habitação.

O presidente da autarquia da Povoação referiu que nesta fase é também necessário arranjar alojamento para as pessoas que viviam em casas atingidas pela derrocada, uma vez que não há condições para regressarem às habitações.

Em causa estão duas famílias. A primeira são quatro pessoas (pai, mãe, filha e neta), cuja casa ficou parcialmente destruída. A outra é a família de uma das vítimas mortais (um homem de cerca de 50 anos, tendo sobrevivido a mulher e três filhas).

As outras duas vítimas mortais, dois irmãos, viviam sozinhos numa casa que ficou totalmente soterrada.

«Há dois realojamentos urgentes que têm que ser decididos», concluiu o autarca.

Carlos Ávila defendeu ainda uma intervenção a montante da vertente onde ocorreu o deslizamento de terras ou então «deve-se assumir» que as pessoas têm de lá sair.

Por seu turno, o presidente da Junta de Freguesia de Faial da Terra, Paulo André, admitiu à agência Lusa que uma das soluções que podem vir a ser adotadas para a zona da derrocada (o lugar de Burguete, que fica na base da encosta que deslizou) pode passar pela construção de novas habitações numa outra zona, segura, em harmonia com o Plano Director Municipal.

Situação quase normal na Terceira

A circulação rodoviária na zona baixa da freguesia de Porto Judeu, na Terceira, foi restabelecida ao fim da manhã de hoje, depois das enxurradas de quarta-feira terem obstruído várias ruas.

O presidente da Junta de Freguesia de Porto Judeu, Paulo Tavares, disse à agência Lusa que apenas duas artérias onde a força das águas provocou mais estragos no pavimento, continuam intransitáveis e terão de ser, entretanto, reabilitadas.

«Nas restantes estradas, a limpeza está quase concluída e já é possível circular», adiantou o autarca.

Paulo Tavares disse também que os técnicos do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC) estão ainda a fazer uma avaliação preliminar às cerca de 40 moradias que foram inundadas pelas enxurradas, no sentido de determinar se os moradores já podem voltar a ocupá-las.
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