Camiões portugueses invadidos em porto francês - TVI

Camiões portugueses invadidos em porto francês

Camiões (LUSA/EPA)

Quatro camiões pelo menos foram invadidos por cladestinos no Porto de Calais, tentando dar o salto para Inglaterra. Os motoristas não sofreram agressões

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Quatro camiões de uma empresa com sede em Mangualde, foram esta terça-feira invadidos por clandestinos nas imediações do Porto de Calais, no norte de França.

De acordo com Pedro Polónio, da direção do Grupo Patinter, os quatro camiões foram invadidos por vários clandestinos quando se encontravam parados em filas de trânsito, nas imediações do Porto de Calais, ou até em andamento.

"Hoje há um grande avolumar de camiões em Calais, quer da nossa empresa como de outras, porque há uma greve. Com uma maior concentração de camiões nesta zona, o fenómeno da invasão de camiões por clandestinos torna-se mais evidente", explicou.


O responsável da Patinter referiu que acreditam que os motoristas não estiveram em perigo, para além de não terem sido registados danos materiais.

"A indicação que damos aos motoristas é de não haver qualquer confronto direto com os invasores. Temos o relato de um motorista que deu conta que tinha quatro ou cinco clandestinos, abriu-lhes a porta para saírem, mas recusaram-se e teve de se chamar a polícia", descreveu.


Apesar de hoje terem contado com mais camiões invadidos, "este é um fenómeno que já existe há muitos anos, mas que se incrementou muito nos últimos meses".

"O objetivo principal destes clandestinos é entrar em território inglês e usam os semirreboques das viaturas que se acercam do Porto de Calais para tentarem a sua sorte. As autoridades inglesas sabem que a entrada dessas pessoas no país traz custos e criou umas regras que vieram impor às transportadoras que enviam camiões para território inglês", acrescentou.



"Quando os clandestinos são apanhados nos nossos carros as coimas são pesadas, tanto para a transportadora, que pode ir de 2 a 5 mil euros, ou para os nossos motoristas que também são autuados. E não podemos fazer nada, porque às vezes entram ali à frente da polícia, que não tem qualquer espécie de intervenção", explicou à Lusa.

 
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