Fraude pode ter afastado «medicamentos essenciais» do mercado nacional - TVI

Fraude pode ter afastado «medicamentos essenciais» do mercado nacional

Ministério da Saúde

Ministério da Saúde reage em comunicado ao anúncio da PJ da detenção de dez pessoas suspeitas de fraudes que podem chegar aos 50 milhões de euros

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O Ministério da Saúde afirmou, nesta segunda-feira, que o tipo de fraude que resultou na detenção de dez pessoas relacionadas com a atividade médica e farmacêutica pode levar a que não se encontre no mercado nacional certos medicamentos essenciais.

«Não só as verbas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) são desviadas dos fins a que se destinam, como se corre o risco de não encontrar no mercado nacional certos medicamentos essenciais», lê-se num comunicado do Ministério da Saúde, citado pela Lusa.

Esta posição do ministério de Paulo Macedo surge após o anúncio da Polícia Judiciária da detenção de dez «pessoas relacionadas com a atividade médica e farmacêutica, e apreendido diverso material», durante «uma operação de grande envergadura relacionada com a investigação de fraudes contra o SNS praticadas com o recurso a falsas prescrições de medicamentos».

Para o Ministério da Saúde, «também os interesses dos prescritores e dos profissionais de farmácia são severamente atingidos, ao associar-se, injustamente, a reputação de uma classe ao comportamento de alguns».

O comunicado explica que a fraude ocorria com «a emissão de receituário falso relativo a medicamentos, alguns deles rateados no mercado, com elevada comparticipação do Estado, em nome de utentes que deles não carecem e cuja prescrição desconhecem».

Desta forma, obtinha-se «fraudulentamente a respetiva comparticipação do SNS», uma vez que estes fármacos eram reintroduzidos «no mercado interno» ou enviados «para mercados externos».

A fraude lesava, «de forma especialmente grave, os interesses dos utentes e dos contribuintes portugueses», sustenta ainda o Ministério da Saúde.
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