Tuberculose: teste inovador aprovado - TVI

Tuberculose: teste inovador aprovado

Sociedade

Permitirá um diagnóstico preciso em menos de duas horas

Um novo teste rápido para a Tuberculose que permitirá um diagnóstico preciso em menos de duas horas foi aprovado esta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde, e anunciado como uma esperança em particular para os países mais afectados pela doença.

O teste poderá revolucionar o tratamento e controlo da tuberculose (TB), fornecendo um diagnóstico preciso para muitos pacientes em cerca de 100 minutos, comparativamente com os testes actuais que podem levar até três meses para ter resultados, anunciou hoje a Organização Mundial da Saúde.

«Este novo teste constitui um marco importante para o diagnóstico e tratamento da tuberculose. Além disso, representa uma nova esperança para os milhões de pessoas que estão em maior risco de tuberculose e de desenvolver doença multi-resistente», disse o director do departamento Stop TB, da OMS, Mário Raviglione.

A aprovação pela Organização Mundial da Saúde deste teste rápido ¿ um teste de amplificação do ácido nucleico totalmente automatizado ¿ segue-se a 18 meses de avaliação rigorosa da sua eficácia no diagnóstico precoce da tuberculose, bem como da tuberculose multirresistente (MDR-TB) e tuberculose complicada por infecção pelo VIH, as mais difíceis de diagnosticar.

Os dados disponíveis até ao momento indicam que a aplicação deste teste poderá aumentar em três vezes o diagnóstico de pacientes com tuberculose resistente a medicamentos e duplicar o número de casos diagnosticados de tuberculose associada ao HIV em áreas com altos índices de tuberculose e HIV.

Muitos países ainda dependem de um método diagnóstico que foi desenvolvido há um século atrás, mas este novo teste incorpora a tecnologia de ADN moderna, que pode ser utilizada fora dos laboratórios convencionais, além de ser totalmente automatizado e, portanto, fácil e seguro de usar.

«Houve um forte compromisso para a eliminação de obstáculos, incluindo as barreiras financeiras, que poderiam impedir uma implantação bem sucedida dessa nova tecnologia», afirmou o director executivo da Fundação para Diagnósticos Novos e Inovadores, Giorgio Roscigno, sublinhando que pela primeira vez no controle da TB, se permite o acesso à tecnologia simultaneamente em todos os países independentemente da sua capacidade económica.

Esta tecnologia permite também a análise de outras doenças, o que deverá aumentar ainda mais a sua eficiência, acrescentou.

Embora tenha havido grandes melhorias no atendimento e controlo da tuberculose, esta doença matou um número estimado de 1,7 milhões de pessoas em 2009 e 9,4 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose activa no ano passado.
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