A Polícia Judiciária (PJ) admitiu esta sexta-feira que o assalto ao ourives de Celorico da Beira terá sido praticado por um grupo «bem organizado» que também poderá estar relacionado com outros assaltos registados na Região Centro, escreve a Lusa.
Os assaltantes, que actuaram armados, abordaram o comerciante na Estrada Nacional (EN) 102, junto ao cruzamento de Minhocal, pelas 13:00 quando este regressava de uma feira em Trancoso, tendo-o atingido com um tiro de caçadeira no rosto e fugido com as malas de ouro que transportava.
Mário Bento, coordenador da PJ da Guarda afirmou à Agência Lusa que o assalto terá sido perpetrado por «um grupo bem organizado, com uma área de actuação alargada a nível nacional ou, pelo menos, em toda a Zona Centro».
Ourives assaltado e baleado no rosto
Homem agredido em tentativa de assalto
Admitiu que o grupo terá «dois a quatro elementos» mas a PJ, que está a desenvolver diligências no terreno, ainda não possui elementos suficientes »para o identificar».
A PJ está a procurar relacionar este assalto com outros casos anteriores registados na Região Centro do país, daí que as equipas do Departamento da Guarda envolvidas nas investigações estejam a «trocar informações» com elementos da Directoria de Coimbra.
O carro do ourives já foi alvo de peritagens efectuadas pelos investigadores que se encontram no terreno e devolvido aos familiares da vítima.
Ourives em estado muito grave
O coordenador da PJ da Guarda adiantou que o ourives está internado nos Hospitais da Universidade de Coimbra num estado considerado «muito grave», daí que os inspectores «ainda não tenham conseguido falar com ele».
Os investigadores continuam no terreno e procuram agora encontrar testemunhas que passassem pelo local onde o assalto foi efectuado e que tenham «visto alguma coisa».
Os dois carros que terão sido usados no assalto ao ourives de Celorico da Beira foram encontrados a arder em Guimarães de Tavares, Mangualde.
Os bombeiros foram chamados cerca das 13:00 para apagar as chamas dos dois carros - uma carrinha Audi A4 e um Saab descapotável - que se encontravam abandonados num pinhal.
«Estão completamente destruídos», contou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Mangualde, Carlos Carvalho, acrescentando que era impossível perceber a cor das viaturas.
A Lusa apurou que a carrinha Audi terá sido a viatura que barrou o comerciante e com o qual foi feito o assalto, servindo o Saab como veículo de apoio.
Entretanto, a meio da tarde, foi apreendida uma terceira viatura - outra carrinha Audi - por suspeita de ter sido nela que os assaltantes se terão posto em fuga depois de incendiarem as duas primeiras.
A viatura foi apreendida no Bairro Senhora do Castelo, em Mangualde, e rebocada para as instalações da GNR, para ser entregue à Policia Judiciária da Guarda, responsável pela investigação.
O ourives após ter dado entrada no serviço de urgências do Hospital da Guarda, foi transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, onde permanece em estado considerado «muito grave».
![PJ: «Grupo bem organizado» - TVI PJ: «Grupo bem organizado» - TVI](https://img.iol.pt/image/id/8729948/400.jpg)
PJ: «Grupo bem organizado»
- Portugal Diário
- 25 jan 2008, 21:40
![Carros que terão sido usados em assalto (Jorge Lemos/foto cedida pelo jornal MangualdeOnline)](https://img.iol.pt/image/id/8729948/1024.jpg)
Fotos: Ourives está internado em «estado grave»
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