Greve afecta casinos no Algarve

O funcionamento das salas de jogo dos três casinos do Algarve foi seriamente afectado pela paralisação que se iniciou quarta-feira e se deverá prolongar até ao fim de ano, disse à Lusa fonte sindical.

A greve nos casinos de Monte Gordo, Praia da Rocha e Vilamoura, a quinta este ano, depois de três paralisações em Agosto e outra em Outubro, registou até às 03:00 de quarta-feira, hora de fecho das salas de jogo tradicional, uma adesão de cerca de 80 por cento, disse a mesma fonte.

De acordo com o dirigente sindical João Teixeira, do Sindicato dos Profissionais de Banca dos Casinos (SPBC), a adesão no sector do jogo tradicional em Monte Gordo foi de cerca de 80 por cento e nas máquinas de 35 por cento.

Em Vilamoura, a adesão nas mesas de jogo foi de 80 por cento e das máquinas de 70 por cento, segundo a mesma fonte, que referiu que no Casino Praia da Rocha a adesão global foi «ligeiramente» inferior e rondou os 40 por cento.

«Em Monte Gordo, além dos três chefes de sala, apenas foi trabalhar um funcionário de caixa e no de Vilamoura, além dos chefes, só foram trabalhar três pessoas, num quadro de mais de 40», acrescentou.

«Dias fortes deverão ser 31 e 1 de Janeiro

Segundo o sindicalista, os dias fortes deverão ser 31 e 01 de Janeiro e a adesão não foi mais forte porque «não ir trabalhar nem que seja um dia pesa muito no salário dos trabalhadores».

Dia 1 será feita uma avaliação e decidido em plenário se a greve é para continuar, sendo certo que na noite de fim de ano a paralisação irá manter-se, sublinhou, acrescentando que até agora a Administração não se pronunciou.

Os trabalhadores das salas de jogo dos casinos de Monte Gordo, Vilamoura e Praia da Rocha voltaram quarta-feira à greve por tempo indeterminado para reclamar melhores salários.

A agência Lusa tentou contactar a administração do grupo Solverde, que detém os três casinos algarvios e ainda o da Figueira da Foz, mas tal não foi possível em tempo útil.