Assaltos a multibancos: usavam material furtado e queimavam carros - TVI

Assaltos a multibancos: usavam material furtado e queimavam carros

Oito homens detidos pela PJ estão em prisão preventiva

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A Polícia Judiciária explicou este sábado que os oito detidos por suspeitas de assalto a caixas de multibanco com recurso a explosão utilizavam material furtado, os rebentamentos eram rápidos e as viaturas utilizadas eram queimadas.

Oito homens suspeitos de assaltarem caixas de multibanco (ATM) com recurso a explosão, em várias regiões do país, foram detidos na quinta-feira pela PJ, que desmantelou assim um grupo criminoso que tinha a sua base no bairro da Bela Vista, em Setúbal.

Os detidos, que se dedicavam a assaltos a caixas de multibanco com recurso à utilização de gases altamente explosivos colocados no interior dos ATM, foram ouvidos na sexta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, e ficaram em prisão preventiva, escreve a Lusa.

O coordenador de investigação criminal da PJ, Pedro Felício, explicou este sábado, em conferência de imprensa, que o grupo furtava o material para os assaltos, desde as garrafas de gás aos carros, e os rebentamentos dos ATM eram «muito rápidos».

Muitos dos carros eram queimados minutos depois dos assaltos, disse, adiantando que a investigação, «complexa e muito trabalhosa», já durava há algum tempo.

Os oito elementos do grupo tinham antecedentes criminais e alguns já haviam cumprido penas de prisão.

Os assaltos ocorreram em várias regiões do país, nomeadamente na Grande Lisboa, Aveiro, Setúbal e Coruche durante o último ano.

A investigação vai continuar, uma vez que há mais elementos envolvidos que ainda não foram detidos.

O inspetor da PJ afirmou também que os assaltos acabaram por provocar a destruição de um conjunto de serviços, desde agências bancárias, juntas de freguesias, farmácias e centros de dia e de saúde. Os prejuízos materiais ultrapassaram mesmo o que foi roubado.

Pedro Felício disse ainda que os elementos não mostraram resistência física durante a detenção, mas não prestaram qualquer tipo de colaboração com a polícia.

A investigação foi realizada pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da PJ, em articulação com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
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