Violência doméstica causa 40 mortes em 2008 - TVI

Violência doméstica causa 40 mortes em 2008

Violência Doméstica

Apenas dez destas tinham sido registadas nas forças de segurança como vítimas de agressão

Relacionados
Em 2008 morreram 40 pessoas em consequência de violência doméstica, dez das quais já tinham sido registadas nas forças de segurança como vítimas de agressão, segundo o relatório da Direcção Geral de Administração Interna divulgado esta quarta-feira.

A secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, afirmou esta quarta-feira, durante a apresentação dos mais recentes dados sobre violência doméstica, que em 2008 morreram 40 pessoas vítimas de violência doméstica, menos três do que em 2007.

Estes dados são conhecidos através da Polícia Judiciária (PJ), que investiga os homicídios, não tendo ainda sido divulgados os relativos a 2009.

O relatório «Violência Doméstica 2009» dá conta de que em 2008 houve 10 participações à PSP ou à GNR por violência doméstica que resultaram em morte da vítima, número que subiu para 16 em 2009.

«Três a quatro queixas por hora»

O total de participações por violência doméstica às forças policiais ascendeu a 30.543, uma subida relativamente a 2008, em que o registo de ocorrências ficou nos 27.743.

O número de participações aumentou 10,1 por cento em relação a 2008, concentrado no Continente (92,4 por cento dos casos), nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro e Braga.

Com «três a quatro queixas por hora», trata-se do «quarto crime mais registado em Portugal» e do «segundo crime mais registado na tipologia de crimes contra as pessoas», totalizando, respectivamente, 7 e 28 por cento do total a nível nacional.

As vítimas de violência doméstica continuam a ser, na maioria, mulheres (85 por cento), com uma idade média de 39 anos, mais de metade casadas ou em união de facto, na maioria dos casos com o agressor. Destas, 77 por cento não dependiam economicamente do agressor.

O aumento de casos de violência doméstica envolvendo não portugueses foi um dos dados apresentados esta quarta-feira como sendo um fenómeno novo em crescimento.

Em 2009, 18 por cento das vítimas não tinham nascido em Portugal, assim como 17 por cento dos agressores eram nascidos no estrangeiro.
Continue a ler esta notícia

Relacionados