600 agentes mais próximos da população - TVI

600 agentes mais próximos da população

  • Portugal Diário
  • 27 nov 2007, 16:00
PSP

Policiamento de proximidade aumentou a colaboração entre a comunidade e a polícia

Relacionados
Mais de 600 elementos da PSP trabalham há um ano no Programa Integrado de Policiamento de Proximidade (PIPP), que aproximou polícia e cidadãos e ajudou a resolver pequenos problemas que muitas vezes se transformam em grandes fontes de insegurança, escreve a Lusa.

Desde Novembro de 2006 que nos 18 distritos onde está a ser testado o policiamento de proximidade aumentou a colaboração entre a comunidade e a polícia.

«As equipas identificam pequenos problemas que por vezes não são questões de segurança pública, mas que podem ter impacto no sentimento de insegurança da população, como a falta de iluminação e a má sinalização rodoviária», explicou Luís Elias, coordenador do projecto a nível nacional.

O responsável da PSP disse ainda que a experiência «está a correr bem» e que «representa uma alteração das práticas na polícia».

«As esquadras estão mais disponíveis para colaborar com os parceiros locais. A polícia não era tão chamada e agora celebramos dezenas de protocolos, de natureza nacional e local, para tentar resolver problemas locais. Cada vez mais a polícia é um parceiro que não é esquecido», reconheceu.

O projecto não actua apenas em situações criminais

O PIPP tem duas vertentes: Escola Segura, que recebeu 375 agentes, e Proximidade e Apoio à Vítima (com 240 elementos), que tem como público-alvo os menores, idosos, comerciantes e vítimas de violência doméstica.

«Não agimos só em situações criminais. Também comunicamos situações de violência doméstica e acabamos por acompanhar os casos até ao final. Apanhamos de tudo um pouco», contou o agente Tavares, um dos polícias que foi para o terreno desde o início do projecto de policiamento de proximidade, há um ano.

Os projectos-piloto arrancaram em Novembro de 2006 em 18 distritos, depois de formados os mais de 600 agentes para as equipas de rua.

A experiência acabou por ser tão positiva que futuramente o policiamento de proximidade poderá ser alargado a mais locais.

Para o agente Tavares o novo sistema «ajudou muito a acalmar algumas situações, sobretudo de consumo e tráfico de droga».

«Temos muitos idosos. No início do projecto demos os nossos contactos, mas as pessoas olhavam-nos um pouco desconfiadas. Agora já nos telefonam a dar conta das situações», contou o seu colega, agente Lourenço.

«O mais importante é mesmo a proximidade com as pessoas. Já nos sentimos um pouco como uma família e isso é gratificante para nós», disse, por seu lado, o agente Tavares.

O que mudou para a população

Luís Elias explicou que queriam «perceber qual era a opinião dos cidadãos sobre o trabalho da polícia na sua localidade e o que entendiam os cidadãos do policiamento de proximidade», por isso foram realizados inquéritos, igualmente distribuídos nas esquadras dos 18 distritos abrangidas pelo projecto.

De acordo com os dados recolhidos no primeiro inquérito, 59 por cento dos cidadãos disseram sentir-se seguros na via pública. Quanto à violência nas cidades, metade dos inquiridos considerou a sua cidade pouco violenta.

O relatório final deverá ficar concluído em Fevereiro e só depois qualquer decisão de alargamento do projecto será tomada.

De qualquer forma, Luís Elias não tem dúvidas: «É óbvio que melhorou a imagem pública da PSP».

O mesmo pensa José Eduardo, dono de um café em Lisboa que diz que «isto não tem nada a ver com a imagem que eu tinha da polícia há 40 anos atrás. Eles agora têm uma maneira diferente de ver as coisas», e frisou que os agentes estão «sempre disponíveis».
Continue a ler esta notícia

Relacionados