Doenças respiratórias mataram 13 mil em 2007 - TVI

Doenças respiratórias mataram 13 mil em 2007

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«A mortalidade e a prevalência das doenças respiratórias têm vindo a aumentar nos últimos anos»

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As doenças respiratórias mataram mais de 13 mil portugueses no ano passado e foram responsáveis por 93.275 internamentos hospitalares, uma subida de 8,3 por cento relativamente a 2006, revelam dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR), noticia a Lusa.

«A mortalidade e a prevalência das doenças respiratórias têm vindo a aumentar nos últimos anos», refere o relatório de 2008 do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, que será divulgado sábado na reunião anual do ONDR.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do ONDR, Teles de Araújo, adiantou que a pneumonia continua a ser a principal causa de internamento, apesar de ter havido uma ligeira descida em relação ao ano anterior.

Em 2007, foram registados mais de 25 mil internamentos devido a pneumonia e no ano anterior cerca de 34 mil. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) foi responsável por cerca de dez por cento (9.143) dos internamentos, verificando-se um aumento de 12,9 por cento em relação a 2006.

Lei teve impacto positivo

Segundo o relatório, a DPOC é responsável por 2.400 óbitos anuais, valor superior às mortes por acidente de viação, o que faz com que esta doença continue a ter um peso considerável na saúde em Portugal, com uma prevalência de cerca de 5,3 por cento nos homens e 4,1 por cento nas mulheres.

A principal causa da DPOC é o tabaco, estimando-se que mais de 85 por cento dos doentes sejam fumadores ou antigos fumadores.

Teles de Araújo disse à Lusa que os factores de poluição e o tabaco são os principais responsáveis pelo aumento das doenças respiratórias em Portugal e noutros países. O relatório do observatório cita o Estudo Cargas e Custos do Tabaco e Álcool em Portugal, que refere que 11,7 por cento das mortes em Portugal podem ser atribuíveis ao tabaco.

Enquanto em Portugal as doenças respiratórias são a terceira causa de morte, nalguns países ocupam mesmo o segundo lugar, representando custos anuais de 102 biliões. O observatório refere que a Lei do Tabaco teve um «impacto positivo, particularmente da exposição ao fumo passivo».
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