Os guardas prisionais iniciam esta terça-feira um novo período de greve de 12 dias devido ao impasse nas negociações com o Governo, sobre o estatuto profissional.
A greve, convocada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), vai decorrer até 1 de junho e vai afetar as visitas dos reclusos e o transporte para os tribunais.
Segundo o sindicato, durante a greve não há as habituais visitas aos reclusos e transporte para os tribunais, sendo apenas feita a abertura das celas para alimentação, assistência médica, medicamentos a e assistência religiosa.
Apenas são transportados para os tribunais, os presos cuja liberdade pode estar iminente.
O primeiro dia de greve arranca com uma concentração dos guardas prisionais, entre as 09:00 e as 11:00, junto aos estabelecimentos prisionais do Porto, Coimbra, Lisboa e Faro.
A paralisação de 12 dias ocorre depois de dois períodos de greve, que registaram adesões acima dos 90 por cento, e de uma vigília, na semana passada, em frente ao Ministério da Justiça.
Em causa estão as negociações com o Governo do estatuto profissional dos guardas prisionais, cuja conclusão tem vindo a ser adiada.
Segundo o sindicato, o estatuto profissional já devia estar concluído em março, mas o Ministério das Finanças quer agora iniciar um novo processo de negociações e ignorar as conversações mantidas com o Ministério da Justiça há mais de um ano.
Os guardas prisionais têm ainda marcada uma nova greve entre 3 e 8 de junho.
O presidente do sindicato, Jorge Alves, disse à agência Lusa ainda que os guardas prisionais estão «dispostos a ir até onde for preciso, caso o Governo não apresente um documento com os pontos já discutidos com o Ministério da Justiça».
Guardas prisionais estão novamente em greve
- Redação
- CM
- 21 mai 2013, 08:55
Mais 12 dias de paralisação
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