FENPROF suspende participação na comissão paritária - TVI

FENPROF suspende participação na comissão paritária

Manifestação de professores

Sindicato justifica que decisão vai em consonância com as decisões tomadas pelos 120 mil docentes que se manifestaram sábado

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A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) decidiu esta segunda-feira suspender a participação na comissão paritária de acompanhamento de aplicação da avaliação de desempenho dos professores em consonância com decisões tomadas pelos mais de 120 mil docentes que se manifestaram sábado, escreve a Lusa.

Em nota divulgada esta segunda-feira, a FENPROF refere que, tal como as restantes organanizações sindicais de professores que integram a Plataforma Sindical, decidiu suspender tal participação na comissão paritária tambérm por «ser uma decisão coerente com o apelo que foi feito às escolas, no sentido de suspenderem a aplicação da avaliação de desempenho, caso o Ministério da Educação (ME) não o faça».

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A FENPROF justifica ainda que suspendeu a participação com o facto de a comissão paritária se «ter transformado numa inutilidade no que diz respeito à resolução dos problemas que surgiram nas escolas».

«A FENPROF apresentou algumas questões nas reuniões já realizadas e, formalmente, dirigiu um ofício ao presidente da comissão (o director-geral de recursos humanos e da educação). Nele foram apresentadas 11 problemas que deveriam ser resolvidos. Todavia, nenhum mereceu resposta positiva, apesar de se ter realizado uma reunião, em 17 de Outubro, em que o documento foi discutido», menciona a Federação.

No documento, diz ainda que é de «estranhar» que a ministra da Educação tenha afirmado que os sindicatos não tenham envidado qualquer documento à comissão, quando, sobre ele, a FENPROF «tentou, em 14 de Outubro, discutir alguns aspectos com a própria governante, não tendo havido abertura para que tal acontecesse».

A concluir, a FENPROF esclarece que, tal como as restantes organizações sindicais, não suspendeu o relacionamento institucional com o Ministério da Educação sobre avaliação mas «elevou-o para o nível político, disponibilizando-se para antecipar o início do processo, já previsto, de alteração do modelo», lembrando que a «comissão paritária tem apenas competências técnicas».
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