Alunos de 4º e 6º ano melhoram a matemática - TVI

Alunos de 4º e 6º ano melhoram a matemática

Matemática

Ministra acredita que a melhoria dos resultados se deve a medidas aplicadas no início do ano lectivo

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A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) considera que é impossível saber se os alunos melhoraram a matemática a partir das provas de aferição, porque os testes têm critérios e níveis de dificuldades diferentes todos os anos, refere a Lusa.

Dados divulgados esta quarta-feira, pelo Ministério da Educação (ME) revelam que quase dois em cada dez alunos obtiveram negativa na prova de aferição de Matemática do 6º ano, um resultado bastante melhor que o registado o ano passado, quando 41 por cento dos estudantes chumbaram no exame.

Alunos do 4º ano com melhores notas do que o 6º

Como é habitual, os alunos do 4º ano registaram melhores resultados que os colegas do 6º, com apenas 8,8 por cento dos alunos a obterem nota negativa.

Em 2007, quatro em cada dez alunos do 6º ano tiveram nota negativa na prova de aferição de Matemática, enquanto no 4º ano quase 20 por cento dos alunos teve «Não Satisfaz».

«O ME não tem conseguido fazer provas de aferição e, em geral, exames que sejam fiáveis e que permitam obter dados que sejam medíveis de ano para ano», considerou.

Provas demasiado fáceis

Nuno Crato recordou que, já na altura das provas de aferição, a SPM considerou que estas foram demasiado fáceis para o nível de escolaridade dos estudantes e que, por isso, os resultados dos alunos poderiam ser bastante piores se os enunciados fossem «mais exigentes».

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, congratulou-se esta quarta-feira com a «melhoria muito significativa» registada nas provas de aferição e rejeitou qualquer crítica de facilitismo.

A titular da pasta da Educação atribuiu a melhoria dos resultados a medidas como o Plano de Acção para a Matemática, Plano Nacional de Leitura, acções de formação contínua de docentes e reforço do estudo acompanhado, entre outras.

Críticas pouco prudentes

Confrontada com as acusações da Sociedade Portuguesa de Matemática, a ministra considerou que houve «pouca prudência» e «imprecisão» nas críticas. A ministra garantiu que as provas de 2008 são «equivalentes em complexidade e dimensão» às de 2007.

«Agora é moda dizer-se que as provas são fáceis. A percentagem de alunos que consegue resolver todo o teste é de cinco por cento», afirmou.

«É com alguma mágoa que vejo acusações de facilitismo. São comentários de pessoas que não entendem nada de avaliação educacional», afirmou o director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), Carlos Pinto Ferreira, responsável pelas provas.

Acompanhamento de alunos

A ministra da Educação anunciou ainda que a disparidade de resultados entre o 4º e 6º anos levou o GAVE a iniciar um estudo de acompanhamento com alunos que o ano passado estavam no 4º ano e que no próximo ano realizarão a prova do 6º, para se verificar se estamos perante um fenómeno de regressão e apurar os motivos.

Mais de 230 mil alunos dos 4º e 6º anos de escolaridade realizaram em meados de Maio as provas de aferição, cujas classificações não contam para a nota final dos alunos, servindo para uma reflexão colectiva e individual sobre a adequação das práticas lectivas, segundo o ME.
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