Casamento <i>gay</i>: recolha de assinaturas em jogos da Liga - TVI

Casamento <i>gay</i>: recolha de assinaturas em jogos da Liga

Noivos [Arquivo]

Plataforma decidiu aproveitar todos os jogos que decorrem entre 4 e 7 de Dezembro para angariar apoios a favor do referendo

Relacionados
A Plataforma «Cidadania Casamento» decidiu aproveitar todos os jogos da Primeira Liga de Futebol, que decorram entre 4 e 7 de Dezembro, para recolher assinaturas a favor de um referendo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Plataforma já tinha, aliás, aproveitado o clássico lisboeta de sábado, entre o Sporting e o Benfica, para recolher assinaturas junto às portas do Estádio de Alvalade.

Em declarações à Rádio Renascença, Ana Cid, uma das responsáveis do projecto, disse que, de um modo geral, a recolha de assinaturas tem tido um «boa» adesão no país. No caso particular do Estádio de Alvalade foram recolhidas cerca de mil assinaturas.

«A adesão das pessoas foi bastante boa. Quando percebiam o que estávamos ali a fazer corresponderam à nossa expectativa, assinaram e mostraram-se disponíveis para defender o referendo», afirmou.

Para levar a questão ao Parlamento são necessárias 75 mil assinaturas. Por isso, a Plataforma decidiu levar a cabo a acção junto aos estádios, com vista a recolher o maior número possível de assinaturas.

Os grupos da Plataforma estarão junto aos estádios duas horas antes do início de cada jogo, vestidos com roupa branca para serem facilmente identificados, noticia o jornal «i».

Os promotores da iniciativa querem promover «o debate cívico sobre a legalização do casamento homossexual» e levar a referendo a seguinte pergunta: «Concorda com o casamento entre pessoas do mesmo sexo?».

A recolha decorre em oito jogos até 14 de Dezembro e também é possível enviar a assinatura por correio.

A legalização do casamento entre homossexuais faz parte do programa do Partido Socialista (PS), que já recusou a possibilidade de referendo, assim como o Bloco de Esquerda.

A Confederação das Associações de Família apoia a realização de um referendo. Já a Conferência Episcopal Portuguesa propõe «um debate alargado, mas não necessariamente um referendo».
Continue a ler esta notícia

Relacionados