Portugueses utilizam cada vez mais botox, que até pode causar morte - TVI

Portugueses utilizam cada vez mais botox, que até pode causar morte

José Castelo Branco na antestreia de Stardust

Ministério da Saúde canadiano lançou alerta para perigos da substância que faz sucesso em Portugal

Relacionados
O ministério da Saúde canadiano advertiu para os efeitos graves e até para a morte associados ao uso da toxina botulínica, comercializada com o nome Botox, um produto cada vez mais utilizado em Portugal para fins clínicos e estéticos, escreve a Lusa.

A advertência do ministério canadiano da Saúde refere-se ao risco da «propagação da toxina por outras partes do corpo» nos casos em que o Botox é injectado. «Enfraquecimento muscular, problemas de deglutição, pneumonia, dificuldades na fala e respiratórias são alguns dos sintomas possíveis da dispersão das toxinas que podem ser fatais», lê-se no comunicado do organismo canadiano.

Em Agosto passado, já a publicação alemã Focus revelava que a Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) tinha identificado mais de 600 casos em que as pessoas tiveram efeitos adversos graves depois de receberem injecções de Botox. Em 28 casos, os pacientes morreram.

Alerta para os perigos do Botox

Os riscos do produto são conhecidos dos médicos e constam, inclusive, do Resumo das Características do Medicamento (RCM), que, em Portugal, acompanha o fármaco.

Em Portugal, o Botox tem autorização de comercialização desde Maio de 2000. O cirurgião plástico Biscaia Fraga disse à Lusa que o produto é cada vez mais utilizado, para fins médicos e estéticos.

Por se tratar de «uma toxina letal que pode de facto matar», Biscaia Fraga adverte para a necessidade de ser aplicada apenas por um médico, de preferência um especialista, e quando for o clínico a recomendá-la.

O Botox é utilizado em Portugal por cirurgiões plásticos - na área da estética - e por especialistas como neurologistas, em casos de grandes contraturas musculares, ortopedistas, fisiatras e dermatologistas.

Biscaia Fraga está totalmente contra a auto-aplicação do Botox e alerta para os terríveis efeitos que pode ter uma administração errada, como por exemplo de uma ampola não diluída.

Figuras públicas são mau exemplo

Biscaia Fraga não tem dúvida que este medicamento vai continuar a ser cada vez mais utilizado, lamentando contudo que determinadas figuras públicas tenham propagado este uso, quando são exemplos de uma errada aplicação.

«Uma face tipo carta ou inexpressiva são alguns dos resultados de uma má aplicação do produto», disse, acrescentando que a aplicação corre bem quando «ninguém se apercebe da acção interventiva do médico, mantendo um ar natural e espontâneo».

O Botox pode ser adquirido na farmácia, mediante receita médica, ao custo de 257,68 euros por embalagem, com uma unidade de dez mililitros.
Continue a ler esta notícia

Relacionados