Escutas: PGR «atenta» às notícias - TVI

Escutas: PGR «atenta» às notícias

Pinto Monteiro

E garante que «actuará, se existir fundamento legal, e dentro das suas competências»

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Esta sexta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) garantiu que «está atenta» aos factos noticiados sobre eventuais escutas visando a Presidência da República e que «actuará dentro das suas competências», avança a agência Lusa.

O gabinete de imprensa informou em comunicado que «a Procuradoria-Geral da República está atenta ao noticiar dos factos vindos a público sobre eventuais escutas e actuará, se existir fundamento legal, e dentro das suas competências».

«Sem indícios de violação dos sistemas»

Já ao início da noite, a administração do jornal «Público» afirmou não ter indícios que confirmem violação dos sistemas de informação. Recorde-se que a ligação dos Serviços Secretos foi a hipótese logo levantada pelo director do jornal, após a divulgação do email interno pelo «Diário de Notícias».

A notícia que marcou o dia de campanha

Manuela Ferreira Leite foi a última líder partidária a reagir à notícia divulgada, esta sexta-feira, pelo Diário de Notícias, que acusava um assessor de Cavaco Silva de ter «encomendado», ao jornal Público, uma notícia sobre suspeitas de escutas em Belém, por parte do Governo de Sócrates.

Já o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas afirmou que quer ouvir os jornalistas do Público e do DN envolvidos na notícia que fez a manchete do jornal Diário de Notícia, porque considera que caso os factos sejam confirmados, o caso «assume gravidade».

Durante um almoço com apoiantes em Famalicão, José Sócrates defendeu uma «atitude de superioridade, própria do PS» perante as informações publicadas.

Logo após o director do Público envolver os serviços secretos no caso, o presidente do Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações da República Portuguesa (SIRP), Marques Júnior, condenou a sua «irresponsabilidade».

Todos os partidos da oposição reagiram às notícias durante a manhãs de sexta-feira. Paulo Portas disse, por exemplo, «muito atento» às informações de Cavaco Silva.

O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã considerou que o «assunto das escutas devia ser resolvido» de imediato. E Jerónimo de Sousa revelou-se preocupado com a «governamentalização» das secretas.

Mas o facto do dia, acabou por ser uma reacção de Cavaco Silva ao tema. O Presidente da República garantiu que ficará «totalmente em silêncio» sobre a polémica até passar as eleições. Mas que, depois, tentará «de forma discreta, obter informações sobre questões de segurança».

Mas antes de Cavaco Silva reagir, o primeiro-ministro defendeu o «PR tem feito tudo para ser completamente independente».
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