Teatro «A Barraca» inundado

A sede de A Barraca, em Lisboa, «acordou» hoje inundada devido ao mau tempo, que, apesar dos estragos que causou, não impedirá a companhia de teatro de manter o espaço aberto, revelou a directora Maria do Céu Guerra.

Tectos a pingarem, tapetes encharcados, manchas de água nas paredes, computadores e papéis molhados e baldes espalhados pelo chão - é este o cenário do Teatro Cinearte descrito à Agência Lusa pela directora de A Barraca, Maria do Céu Guerra, que foi confrontada com o sucedido pela manhã.

Segundo a responsável, o bar, que «ficou sem um bocado do tecto» falso, o escritório e um camarim dos actores foram as áreas mais atingidas pelas águas da chuva e do Rio Tejo.

«No camarim da sala principal, a água chegou a estar a meio metro do chão e no escritório a dez centímetros», relatou, acrescentando que os bombeiros já retiraram a água em excesso do edifício, que «foi pintado de novo no início do ano» e beneficiou de novo escoamento, algerozes e rede eléctrica.

«Trata-se de um edifício antigo, os bombeiros dizem que tem poucas saídas de água», admitiu a actriz.

Questionada sobre se serão cancelados espectáculos já programados devido à inundação, Maria do Céu Guerra ressalvou que A Barraca tentará evitar essa situação até sexta-feira, dia em que o Teatro Cinearte recebe a actuação de uma companhia de Tondela.

«Estamos a tentar que não haja cancelamentos de espectáculos. Entretanto, vamos fazer as obras que forem necessárias», precisou, adiantando que o teatro recebe, na próxima semana, uma curta apresentação de uma outra companhia e apenas em Janeiro estreia a nova produção própria.