Ganharam o Euromilhões e separaram-se - TVI

Ganharam o Euromilhões e separaram-se

Casal [Arquivo]

Tribunal de Barcelos tenta conciliação entre ex-namorados a quem saiu prémio 15 milhões euros

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O Tribunal Cível de Barcelos junta dia 31 de Março um ex-casal de namorados, desavindos por causa da repartição de um prémio do Euromilhões de 15 milhões de euros, na tentativa de encontrar um entendimento, disse fonte judicial.

O advogado Vasco Cardoso adiantou à Agência Lusa que as duas partes não chegaram a acordo na audiência preliminar, realizada quarta-feira, o que levou o Tribunal a marcar nova tentativa de conciliação, para evitar que o caso chegue a julgamento.

Jogavam a meias

Embora o jurista se recuse a adiantar detalhes sobre o processo, uma fonte ligada ao caso adiantou à Lusa que deverá defender a tese de que a associação de namoro entre os dois jovens e a gestão conjunta dos 15 milhões de euros, saídos quando jogaram «a meias», configuram um caso de sociedade comercial irregular.

Estas sociedades, embora não revistam a forma escrita através de escritura pública, têm validade legal desde que a sua existência seja provada.

Cristina e Luís não se entendem sobre a propriedade do dinheiro ganho, em 2007, com o primeiro prémio do Euromilhões, quando ainda namoravam.

Dinheiro bloqueado

Uma outra fonte adiantou que a fortuna acabou por motivar divergências entre os dois, vindo a separá-los. Por causa disso, e dado que o dinheiro está bloqueado numa conta bancária, por ordem judicial, os ex-namorados vivem em zonas rurais de Barcelos, sem grandes luxos.

Aquela fonte afirma que terá sido Luís Ribeiro, que, era estudante e tem agora 22 anos, a fazer o registo do boletim do Euromilhões. Sublinha que, no entanto, terá sido Cristina a sugerir um «investimento» de mais dois euros, o qual acabou por conduzir à combinação da sorte.

Os dois, mais os pais de Cristina Simões, foram a Lisboa levantar o dinheiro e abriram uma conta conjunta, num banco junto à Santa Casa da Misericórdia.

Primeiro casam

Os primeiros juros da fortuna depositada no banco foram divididos pelos dois ex-namorados, mas as desavenças começaram quando o Luís, a residir em Courel, arredores de Barcelos, pediu mais dinheiro da sua parte - 7,5 milhões de euros - para ajudar pais e irmãos.

Na ocasião, terá sido o pai de Cristina Simões, da freguesia de Remelhe, Barcelos, a negar o pedido, defendendo que, só depois de casarem, ele poderia ter acesso ao dinheiro.
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