Ministro lembra que MAC não é «insubstituível» - TVI

Ministro lembra que MAC não é «insubstituível»

Maternidade Alfredo da Costa [LUSA]

Paulo Macedo reafirma a necessidade de uma reestruturação na área da obstetrícia em Lisboa

Relacionados
O ministro da Saúde reiterou hoje a necessidade de uma reestruturação na área da obstetrícia em Lisboa, justificando que é impossível manter tantos serviços numa altura em que o número de partos tem vindo a diminuir.

«É indispensável fazer uma reestruturação na área da oferta de partos em Lisboa», disse Paulo Macedo à agência Lusa no final de uma visita à Casa da Saúde da Idanha, em Belas, para assinalar o Dia Mundial da Saúde, comemorado hoje.

O ministro desdramatizou as notícias que surgiram esta semana pela voz do líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, de que a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) iria encerrar, garantindo que não vai haver «qualquer precipitação».

«Nós vamos esperar pelo plano que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo vai apresentar conjuntamente com a administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central, onde a MAC está inserida», sublinhou.

Paulo Macedo afirmou que Lisboa tem hoje uma «enorme capacidade excedentária» nesta área, explicada pela abertura do Hospital de Loures, pela baixa da natalidade e, sobretudo, pela «ampliação das diferentes unidades» da cidade e em seu redor.

«Não é admissível que hospitais como, por exemplo, o São Francisco Xavier estejam a ser utilizados em menos de metade da sua capacidade. Não é admissível que um hospital com a qualidade e as características do [Dona] Estefânia esteja a ser utilizado em menos de dois terços da sua capacidade», justificou.

Relativamente à MAC, Paulo Macedo afirmou que já foi estabelecido um «conjunto claro de princípios»: «O primeiro é que tem um conjunto de valência e de equipas que deve ser mantido».

«Mas preservadas não é imobilismo. Eu lembro que temos uma enorme dificuldade e ausência de médicos ginecologistas e obstetras, por exemplo no Algarve e tenho claramente um excesso em Lisboa», observou.

O ministro sublinhou que não se pode perder o conhecimento, a escola e o serviço que a MAC tem prestado.

Mas, adiantou: «também não se pode continuar a pagar esta sobre capacidade e este desperdício concreto e claro que temos de ter outras unidades de excelência como São Francisco Xavier, Santa Maria e Estefânia com capacidade por utilizar».

Por outro lado, sublinhou, «não faz qualquer tipo de sentido ter uma maternidade isolada de um hospital central» por causa de eventuais problemas que possam ocorrer com a mãe ou o bebé.

«A questão é como vamos reestruturar sem desmembrar o essencial, mantendo as mais valias que aquelas equipas proporcionam, e tem de ser consideradas por isso, mas ao mesmo tempo como é que vou servir o resto do país onde há faltas pontuais e quando em Lisboa há claro excesso», comentou.

Para o ministro: há uma situação que seria «muito triste» para o Serviço Nacional de Saúde e que «felizmente não acontece»: «Se a MAC fosse insubstituível».

«Para nós o que é insubstituível é o funcionamento das equipas e não a questão do edifício», frisou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados