Sarampo pode matar meio milhão por ano, alerta OMS - TVI

Sarampo pode matar meio milhão por ano, alerta OMS

Hospital de Faro

Reaparecimento da doença já fez centenas de mortos em todo o mundo. Países africanos são os pais afectados

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta sexta-feira para um grave reaparecimento de sarampo que, sem um controlo rápido, pode causar anualmente meio milhão de mortes a partir de 2012 e anular 18 anos de esforços para erradicar a doença.

«O progresso da luta contra uma das doenças mais contagiosas parou e o sarampo está a regressar rapidamente», afirmou Peter Strebel, do Departamento de Imunização e Vacinas da OMS.~

O especialista afirmou que há, desde o início do ano passado, um «ressurgimento em grande escala do sarampo em 30 países africanos, assim como reaparecimentos graves na Ásia (Indonésia, Filipinas, Tailândia e Vietname) e na Bulgária e um menor no Reino Unido».

1100 mortos em África

Zimbabué, Chade e Nigéria são dos países mais afectados em África, onde, desde Junho, foram registadas 1100 mortes devido à doença e mais de 64 mil casos.

Na Bulgária foram registadas oito mil situações, principalmente entre crianças imigrantes que não estavam vacinadas.

No Reino Unido, os casos são atribuídos ao nível de vacinação inferior a 90 por cento.

O mesmo especialista recordou a crença antiga de que a tripla vacina (sarampo, papeira e rubéola) estava associada a casos de autismo, o que foi desmistificado por estudos científicos.

O ressurgimento do sarampo deve-se, segundo a OMS, aos níveis de vacinação insuficientes, aos sistemas de vigilância que não funcionam e, sobretudo, à «diminuição dos compromissos financeiros e políticos» internacionais desde 2008 em relação à doença.

Em 1989 morriam 1,1 milhões de crianças com menos de cinco anos devido ao sarampo, um número que baixou para 118 mil em 2008.

O assunto foi debatido na assembleia anual da OMS que decorre em Genebra, que traçou metas concretas, até 2015, contra a doença.

Estre as medidas proposta destaca-se a cobertura de 90 por cento das campanhas de imunização a nível nacional.
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