Taguspark: adiada leitura da decisão instrutória - TVI

Taguspark: adiada leitura da decisão instrutória

Taguspark

Rui Pedro Soares, Américo Tomatti e João Carlos Silva são acusados de corrupção passiva para acto ilícito

Actualizada às 18:21

A leitura da decisão instrutória do caso Taguspark, em que se saberá se os arguidos vão ou não a julgamento, e que estava marcada para esta sexta-feira foi adiada, afirmou à Lusa fonte ligada ao processo.

A fonte adiantou que se desconhece ainda uma nova data para a leitura da decisão instrutória deste processo, a decorrer no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, no Campus da Justiça.

De acordo com a procuradora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, o debate instrutório serviu para «reforçar» a acusação de corrupção passiva para acto ilícito imputada aos três arguidos: Rui Pedro Soares, ex-administrador não executivo do pólo tecnológico de Oeiras, Américo Tomatti, à data dos factos presidente da comissão executiva do Taguspark, e João Carlos Silva, antigo administrador do pólo.

No debate instrutório, a procuradora Teresa Almeida disse que o Ministério Público (MP) «mantém toda a acusação, que, aliás, saiu reforçada das diligências de acusação», de acordo com a Lusa.

Já os advogados dos três arguidos pediram a não pronúncia dos seus clientes, isto é, que a juíza de instrução não os leve a julgamento.

A advogada de Rui Pedro Soares considera que «a instrução demonstrou a insustentabilidade da acusação».

«Não devo ter estado na mesma instrução que a procuradora. Reitero que considero reforçado, pela prova produzida, o pedido de não pronúncia, porque não há a mínima sustentabilidade», disse Helena Tomaz.

O representante de Américo Tomatti perguntou como se pode manter uma acusação «baseada em nada» e o advogado de João Carlos Silva defendeu que o MP tem uma «visão especulativa da conversa» entre pessoas que tinham grande à-vontade entre si.

À altura dos factos, Rui Pedro Soares era também administrador da PT, Américo Thomatti presidente da comissão executiva do Taguspark e João Carlos Silva administrador da Taguspark.

Os arguidos são acusados de corrupção passiva para acto ilícito num contrato entre a empresa e o ex-futebolista Luís Figo, que envolveu a realização de um filme.

O caso Taguspark foi investigado pelo DIAP na sequência de uma certidão extraída do processo Face Oculta, em que foram escutados alguns dos intervenientes no caso.
Continue a ler esta notícia