Educação: mais alterações no concurso de professores - TVI

Educação: mais alterações no concurso de professores

Valter Lemos exige desculpas de Louçã

Ministério anunciou novas medidas tendo vista a estabilização dos docentes na mesma escola

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O ministério da Educação (ME) anunciou que os candidatos no próximo concurso de professores vão integrar os quadros dos Agrupamentos em que forem colocados, uma medida que pretende estabilizar os docentes na mesma escola, informa a agência Lusa.

E conferência de imprensa, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, realçou que o diploma que estabelece as regras do próximo concurso de professores, que fixa os docentes à mesma escola durante quatro anos, a partir do próximo mês de Janeiro, «prevê a possibilidade de os professores dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) integrarem os quadros de agrupamentos onde estão colocados».

Valter Lemos destacou que «a tendência é para o desaparecimento dos quadros zona e vincular os professores às escolas onde estão colocados».Actualmente são cerca de 33 mil os professores que estão nos Quadros de Zona Pedagógica.

«Os QZP manter-se-ão para aqueles professores que não obtenham logo colocação, até à sua integração completa nos agrupamentos», disse, salientando que «enquanto não obtiverem lugar manterão os direitos que tinham no QZP».

O governante adiantou que a expectativa do ministério «é que mais de 2/3 ou ¿ dos professores venham a obter lugar nos quadros de agrupamento» já nesta fase.

«Pela primeira vez os lugares que vão a concurso correspondem com rigor com àquelas que são as vagas de horários efectivos no agrupamentos escolares», encerrando «tanto quanto possível o ciclo de contratados adicionais pelas escolas», salientou.

Também no particular e cooperativo

Entre as medidas para a estabilização do pessoal docente, o governante realçou que no próximo ano os professores do particular e cooperativo e do ensino artístico (escolas de música e dança) poderão aceder à profissionalização nas mesmas condições dadas aos docentes do ensino público, sendo dispensados de profissionalização os docentes com mais de 45 anos de idade e 10 anos de serviço, uma medida que beneficiará cerca de 250 pessoas.

«Estes professores não tinham acesso à profissionalização e não ter acesso à profissionalização significa não ter acesso à carreira docente», disse, realçando que está a ser preparado um novo diploma para os professores de escolas de artes visuais que permite que os docentes do ensino artístico especializado com anos de serviço possam vir a ser integrados nos quadros das suas escolas definitivamente, permitindo a estabilização de professores «que durante anos sempre foram aceites no pressuposto de contratos temporários».

No que respeita ao pessoal não docente, Valter Lemos destacou a possibilidade de 1.600 dos contratados a prazo que terminava os seus contratos a termo a 31 de Agosto ficarem vinculados ao quadro, em concursos que serão abertos já nos próximos dias junto das escolas.

FNE critica

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) criticou o Ministério da Educação (ME) por, «mais uma vez», falar publicamente sobre alterações nos diplomas de concursos de docentes «sem previamente informar as organizações sindicais sobre o conteúdo das alterações».

«O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, promoveu hoje uma conferência de imprensa durante a qual divulgou algumas orientações sobre o que poderão vir a ser alterações a introduzir no diploma de concursos actualmente em vigor. A verdade é que só na próxima segunda-feira é que o ME tem agendada uma primeira ronda negocial com as organizações sindicais sobre um tal projecto de diploma que ainda não é do conhecimento da FNE», refere a estrutura sindical em comunicado.

A FNE sublinha que, relativamente à intenção da redução significativa dos Quadros de Zona Pedagógica, «há muito que vem defendendo um ajustamento do dimensionamento dos Quadros de Zona Pedagógica, considerando-os sobredimensionados».
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