Aluno esfaqueado em escola secundária - TVI

Aluno esfaqueado em escola secundária

Agressor tem apenas 16 anos e entregou-se às autoridades

ACTUALIZADA ÀS 21h30

Um aluno da escola secundária de Soure foi esfaqueado esta quarta-feira de manhã por um colega, de 16 anos, durante um intervalo.

A vítima, de 17, teve de receber tratamento no hospital, mas está livre de perigo. De acordo com o comandante dos bombeiros de Soure, a vítima sofreu quatro ferimentos, aparentemente pouco profundos.

«Tinha marcas de faca, duas nas costas, uma no tórax e outra na zona abdominal. Os cortes, aparentemente, não eram muito profundos, mas só uma análise no hospital o poderá confirmar», disse Carlos Luís Tavares.

O estudante foi alvo de uma intervenção cirúrgica ao tórax e encontra-se «estável», disse fonte do Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC).

O desentendimento entre os dois terá começado antes da primeira aula da manhã. O aluno agressor, de nacionalidade brasileira, era novo no estabelecimento de ensino, e demonstrou sempre um comportamento normal. Depois das agressões, fugiu da escola, mas entregou-se às autoridades poucas horas depois do sucedido.

«Os militares da GNR encetaram de imediato diligências para o localizar, mas ele acabou por se entregar», adiantou fonte da GNR à Lusa, acrescentando que o jovem optou por não falar sobre o sucedido.

De acordo com a fonte, o jovem vai ser presente a tribunal ainda esta quarta-feira para determinação de eventuais medidas de coacção.

Não têm historial de indisciplina

O director da escola secundária Martinho Árias assegura que nenhum dos jovens envolvidos possui historial de indisciplina.

«Nenhum deles tem qualquer historial de indisciplina ou mau comportamento. Nem nenhuma participação de nenhum professor, nada», disse à agência Lusa João Pereira.

Disse ainda desconhecer as motivações da agressão, que deverão ser conhecidas no âmbito de um inquérito disciplinar que a direcção da escola vai abrir.

O director não falou com os envolvidos ¿ ambos alunos da escola mas de turmas e cursos diferentes - após a agressão, mas frisou que o alegado agressor «foi para casa», ausentando-se da escola «sem autorização».



«Não sei se saiu assustado ou com medo de alguma represália por parte dos colegas [da vitima]. Foi para casa, contou ao pai e o pai colaborou de pronto com a GNR», explicou.
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