Angélico: outro carro pode ter causado acidente - TVI

Angélico: outro carro pode ter causado acidente

Cantor circulava a 250 Km/h, mas a causa do acidente pode ter sido um «toque» na sequência de uma ultrapassagem do BMW de Angélico

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Angélico Vieira viajava em excesso de velocidade quando em Junho deste ano perdeu a vida num trágico acidente na A1. O carro onde o cantor e actor conduzia registava uma velocidade acima dos 250 km/h, segundo os dados do próprio veículo, garantiu ao tvi24.pt João Magalhães, advogado do stand Auguscar. Ainda assim, segundo o causídico, esta pode não ter sido a principal causa do acidente. Em causa pode estar uma ultrapassagem.

No acidente fatal esteve envolvido um outro veículo. Um Opel Corsa que teria sido responsável pelo atropelamento de Hélio Van Dunem, a outra vítima mortal do acidente e que viajava no banco traseiro do veículo. Hélio não levaria cinto e acabou por ser projectado.

Ao tvi24.pt fonte da GNR confirmou que não foi registado qualquer atropelamento na sequência do acidente. O Opel Corsa, segundo fotografias divulgadas, apresenta danos no lado direito da frente do veículo. São estes danos que levam o advogado a suspeitar de que um «toque» do Opel Corsa no BMW, quando era ultrapassado, pode ter levado ao despiste.

«Se existem indícios de que Hélio Van Dunem não foi atropelado aventa-se outra possibilidade para a causa do acidente. A culpa pode não ter sido exclusivamente de Angélico», explicou João Magalhães, que reconhece a contra-ordenação existente no excesso de velocidade, mas sustenta que pode não ter sido isso que causou o acidente.

«Se um carro vem em contramão numa auto-estrada e embate noutro veículo em excesso de velocidade, a causa do acidente é o contramão e não a velocidade», disse.

O BMW 635d em que Angélico perdeu a vida tem «incorporado um sistema de registo de dados que funciona como a caixa-negra de um avião», explicou o ainda. Esta informação contida nos registos do veículo estará já na posse da GNR que a juntou ao inquérito. A validação da velocidade a que Angélico circulava ficará a cargo do tribunal. «Normalmente estes registos são apensos ao processo e depois validados ou não», confirmou fonte da GNR ao tvi24.pt. A este registo de velocidade juntar-se-á o registo de velocidade que a GNR apurou depois das diversas peritagens ao veículo e ao local do acidente e que permanecem em segredo de Justiça.

O advogado do stand garante ainda que pelas imagens do veículo é possível perceber que todos os dispositivos de segurança do veículo funcionaram e garante que os pneus e jantes do carro de alta cilindrada estavam de acordo com os permitidos no livrete do automóvel.

Outra pergunta que surge neste processo é afinal de quem era o carro e se tinha ou não seguro. Nos documentos a que a TVI teve acesso é possível confirmar que Angélico assinou o contrato de compra e venda e trocou o BMW 635d por um Ferrari e um Audi acidentado a 21 de Junho. O valor do negócio foi de 80 mil euros: 60 mil pelo Ferrari e 20 mil pelo Audi.

Quanto ao seguro do veículo, Angélico pretendia transferir o seguro do Ferrari para o BMW, mas antes que tivesse tido oportunidade para o fazer perdeu a vida na estrada.
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