Marcha da CGTP desfila por Lisboa - TVI

Marcha da CGTP desfila por Lisboa

Milhares de manifestantes chegam à Assembleia da República

ATUALIZADA ÀS 17:59

A marcha contra o desemprego da CGTP, que percorreu o centro de Lisboa, não registou até ao momento qualquer incidente, apesar do aparato policial e da dureza das palavras de ordem dos manifestantes contra o Governo.

Na cabeça da manifestação, desde a Praça da Figueira (local da concentração) até à Calçada do Combro, seguiram sempre um carro de duas carrinhas da PSP, com algumas dezenas de agentes espalhados pelas zonas laterais do protesto.

Até à chegada à Assembleia da República, nenhum incidente se registou, e houve mesmo a deliberada intenção de se evitar o Largo do Chiado, que tem várias esplanadas, escolhendo-se como alternativa a descida da Rua Nova da Trindade.

Em contraste com a ordem que caraterizou o desfile, esteve a dureza das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes: «Governo de aldrabões não passam de ladrões», gritou-se alto e bom som.

Também se acenaram centenas de lenços brancos, em sinal de uma hipotética despedida do executivo de coligação PSD/CDS, com os manifestantes a cantarem em coro «Só mais um empurrão e o Governo vai ao chão».

Além de lenços, viram-se na manifestação largas centenas de bandeiras vermelhas, a maioria da CGTP-IN, mas também letreiros de protesto contra a taxa de desemprego registada em Portugal.

«Desemprego em Portugal é a vergonha nacional», referiam alguns dos cartazes que foram empunhados pelos manifestantes.

A marcha da CGTP-IN contra o desemprego, que terminará na Assembleia da República com um discurso do secretário-geral Arménio Carlos, começou no passado dia 05 com uma parte dos participantes a partirem de Braga, passando depois por concelhos como Matosinhos, Porto, Gaia, Feira, Aveiro, Coimbra, Figueira da Foz, Leiria, Marinha Grande, Tomar, Entroncamento e Vila Franca de Xira.

Em simultâneo, outros manifestantes partiram de Vila Real de Santos António, percorrendo o Algarve (desde Tavira a Lagos), Castro Verde, Aljustrel, Moura, Serpa, Beja, Vidigueira, Montemor-o-Novo, Alcácer do Sal, Grândola, Setúbal, Moita, Barreiro, Seixal e Almada.

Para as próximas semanas, a CGTP-IN convocou já uma greve geral para 14 de novembro e agendou uma ação de rua para dia 31 de outubro, coincidindo com a votação na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2013.
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