Professor avalia o «Magalhães»: saiba como funciona

Os professores do 1º ciclo serão a principal ligação entre os computadores «Magalhães» e os alunos, pelo que o PortugalDiário lançou o desafio ao professor Pedro Dias, autor do blog «O sítio do Conguito»e Coordenador TIC na sua escola em Famalicão, que já teve formação dada pelo Ministério da Educação. Aqui fica a avaliação do portátil.

«Este computador foi pensado para ser usado como ferramenta de trabalho em casa e na escola. Para isso, conta com um conjunto bastante alargado de aplicações pré-instaladas e funcionais que irão ajudar os alunos nas várias áreas escolares. Existe software para a Matemática, Língua Portuguesa, Estudo do Meio e até para a iniciação ao Inglês. As versões do Windows XP e do Linux Caixa Mágica estão prontas a usar e possuem imensos recursos.

Veja o guia para pais e educadores fornecido pelo Ministério da Educação

No Windows pode-se encontrar a versão estudante do Office 2007, um antivírus, programas de controlo parental, vários jogos e programas educativos portugueses e até uma cópia da Diciopédia X . Além disso existe um ambiente gráfico muito simples preparado para as crianças mais pequenas.

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No Linux Caixa Mágica 12 Mag (versão específica do Caixa Mágica para o Magalhães) encontram-se vários jogos e programas educativos, uma cópia do Open Office e acesso online à Wikipédia do Sapo. O ambiente de trabalho conta com uma área de acesso aos programas e jogos: Open Office, Firefox, Thunderbird, aMSN, Kaffeine, Tuxpaint, GCompris e SuperTux.

Necessidades de formação

A forma como este computador foi construído e o software que traz pronto a usar permite grandes potencialidades de trabalho na sala de aulas, em casa e até nas visitas de estudo e trabalhos de campo. Com o Magalhães os alunos poderão usar o seu portátil para pesquisar, reflectir e até criar conteúdos para a escola.

De uma forma geral, este computador vem democratizar o acesso à informática, permitindo que todos possam ter o seu próprio computador. Não é uma ferramenta que procura substituir os livros nem os cadernos, apenas serve de complemento. Não podemos ter a veleidade de pensar que será a salvação para os problemas na educação. Mas certamente dará uma ajuda na aprendizagem dos alunos, nem que seja pela diversificação de metodologias de ensino/aprendizagem e pelo aumento exponencial de fontes disponíveis para à distância de um clique.

Por exemplo: numa visita de estudo os alunos poderão tirar fotografias, filmar e tomar notas directamente no seu computador e mais tarde, em casa ou na sala, usar esses dados para criar um trabalho onde resumam as suas aprendizagens. Também poderão usar o Magalhães para «ensinar» os pais a usar as novas tecnologias.

O «Magalhães» também traz consigo uma importante extensão: agora e mais que nunca é possível ter uma ferramenta interactiva em que os alunos podem completar e complementar o seu trabalho fora da sala de aulas, quer na biblioteca, no recreio ou mesmo em casa. Actividades e aprendizagens iniciadas na escola podem ser alargadas em casa com a ajuda dos pais, irmãos e outros familiares.

Mas não basta entregar o computador e esperar os resultados ao fim de alguns dias. O Magalhães traz consigo uma «pequena revolução», será necessário fazer muita formação aos professores do 1º Ciclo e aos encarregados de Educação para que estes possam tirar desta máquina o máximo das suas potencialidades. Será necessário vencer alguns constrangimentos das pessoas mais velhas em relação a estas novas tecnologias já que com os mais pequenos não imagino que haja dificuldades».