Portugueses criam mala que não se perde - TVI

Portugueses criam mala que não se perde

Aeroporto - EPA/ANDREW GOMBERT

Bagagem dotada de um sistema inovador de localização estará sempre localizável

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Um consórcio português de quatro empresas e duas entidades do sistema científico e tecnológico desenvolveu uma «mala inteligente», dotada de um sistema inovador de localização, que promete acabar com o pesadelo das bagagens perdidas nos aeroportos, avança a agência Lusa.

Desenvolvido pela ANA - Aeroportos de Portugal, SETSA - Sociedade de Engenharia e Transformação, Critical Software, Tecmic - Tecnologias de Microeletrónica, Inov - Inesc Inovação e PIEP - Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, o projeto «Mala Segura» recorre às tecnologias RFID (radio frequency identificator), WSN (wireless sensor network) e GPS/GSM (global positioning system) para garantir a localização e rastreamento de malas «em permanência e a nível global, tanto em ambientes fechados como em espaços abertos».

Segundo os promotores, que esta segunda-feira apresentaram o projecto no Aeroporto do Porto, esta tecnologia pode ser usada quer no transporte aéreo, quer marítimo, ferroviário ou rodoviário, mas «a gestão aeroportuária pode significar 90 a 95 por cento do mercado».

Em declarações à agência Lusa, Pedro Pereira, da SETSA (que integra o grupo Iberomoldes), garantiu que «a disponibilidade técnica dos parceiros [para lançar no mercado a nova tecnologia] é imediata», dependendo a sua implantação, no caso do transporte aéreo, da autorização da IATA (International Air Transport Association).

Artur Arnedo, da ANA, revelou por sua vez à Lusa que o projecto vai ser apresentado na próxima reunião anual do «baggage working group» da IATA, a 22 e 23 de Março, «e basta que esta diga ok que é já um factor muito relevante para as empresas de malas as começarem a fabricar».

De acordo com Pedro Pereira, a tecnologia consiste «numa espécie de etiqueta embutida nas paredes da mala, contendo informação padronizada sobre o passageiro», juntando as tecnologias WSN e GPS/GSM à já utilizada RFID, para «tornar o sistema menos sensível à ocorrência de erros».

A patente do sistema - que apenas implica um acréscimo de 5 a 10 por cento no custo de produção das malas - foi submetida no mês passado ao Instituto Português da Propriedade Industrial (INPI).

Já para o utilizador, uma mala equipada com este sistema pode ter um custo final «25, 30 ou 40 por cento» superior ao actual. Em alternativa, pode optar-se pela aquisição de uma etiqueta com sistema RFID adaptável a qualquer mala.
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