O diretor da revista satírica francesa «Charlie Hebdo», que publicou esta quarta-feira caricaturas do profeta Maomé, anunciou que a edição eletrónica da publicação ficou bloqueada devido a um ataque de piratas informáticos.
Em declarações aos jornalistas, o cartunista Charb declarou que a investida foi «pior» do que em 2011, quando a revista já havia publicado «cartoons» do profeta, cita a Lusa.
«Charlie Hebdo» é agora alvo de críticas de representantes religiosos e políticos.
Entretanto, a França anunciou que na próxima sexta-feira irá encerrar temporariamente as suas embaixadas e escolas em 20 países.
A sexta-feira é o dia sagrado da semana para os muçulmanos, em que estes se aglomeram nas mesquitas para rezar. Os franceses temem que as caricaturas possam provocar manifestações nesse dia.
Desta forma, a medida prende-se essencialmente com medidas de segurança, numa altura de elevada tensão. O número de protestos em vários países muçulmanos têm vindo a aumentar devido ao filme norte-americano considerado ofensivo para o Islão e para o profeta.
«Nós decidimos, de facto, como medida de precaução, encerrar os nossos edifícios, embaixadas, consulados, centros culturais e escolas», disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Recorde-se que na semana passada o ataque ao consultado norte-americano de Benghazi, na Líbia, terminou com a morte de quatro pessoas, entre elas o embaixador dos EUA.
Site da «Charlie Hebdo» bloqueado por hackers
- Redação
- CL
- 19 set 2012, 15:28
França teme protestos e fecha, temporariamente, escolas e embaixadas
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