A «Super-Mulher» do séc. XXI - TVI

A «Super-Mulher» do séc. XXI

  • Marta Ferreira
  • 10 out 2006, 16:40
Executiva [arquivo]

Disputa o lugar de topo com os homens. Aposta na carreira e tem o primeiro filho depois dos 30 anos. Consegue gerir com êxito carreira, filhos e as tarefas domésticas

Uma nova mulher surgiu na viragem do século. As suas prioridades são diferentes: dinheiro, sucesso, poder. Só depois vêm o amor e a constituição de uma família. Sai de casa dos pais para viver sozinha, investe na carreira e tem o primeiro filho depois dos 30 anos. Estas são algumas das conclusão do estudo «O que as Mulheres Querem», realizado pela agência de publicidade Publicis, apresentado esta terça-feira.

A mulher do século XXI é a «Super-Mulher». «Isto não quer dizer que queira fazer tudo ao mesmo tempo. Mas quer atingir a perfeição naquilo que se propõe fazer», explica Susana Medeiros, directora de planeamento estratégico da Publicis. Mesmo assim, consegue gerir com êxito carreira, filhos e as tarefas domésticas.

A mulher moderna é ambiciosa, auto confiante, individualista e intuitiva. Na vida profissional, ambiciona os lugares de topo e de responsabilidade, disputando-os com os homens. E sem sentimentos de culpa.

A mulher moderna no mundo do trabalho

Para poderem vingar no mercado de emprego, as mulheres perceberam que tinham de apostar na educação. Prova disso é o facto de, em 2003/2004, 56 por cento dos alunos inscritos em cursos superiores terem sido mulheres; 46 por cento dos doutorados portugueses serem mulheres e 50,7 por cento ser a percentagem de mulheres pós-graduadas em Portugal, ao passo que na Europa a média é 39,6 por cento.

Não apostam na educação apenas por investimento profissional, «mas também para enriquecimento pessoal», explica Susana Medeiros.

Juntando à educação, as mulheres têm como mais valia para vingarem no mercado de trabalho o facto de combinarem características masculinas como a iniciativa, a coragem e a determinação, com a sensibilidade, a intuição e a cooperação.

A «Super-Mulher» e a família

A aposta da mulher moderna numa carreira profissional paralela à vida familiar, faz com que tenha uma vivência mais individualista. Normalmente, opta por viver sozinha, ter filhos mais tarde e ter poder no interior da relação conjugal, ao passar a contribuir financeiramente para o orçamento comum.

Aliás, as portuguesas hoje em dia têm o primeiro filho entre os 30 e os 39 anos.

As «fadas do lar» modernas

Mas nem todas as mulheres estão dispostas a enfrentar a mesma realidade. Um novo fenómeno surgiu: «As fadas do lar modernas». São mulheres que «regressam» ao lar, deixando para trás uma carreira de sucesso.

São mulheres profissionalmente bem sucedidas, com níveis de educação superiores e que atingiram lugares de topo.

Muitas delas são mães executivas que, apercebendo-se de terem deixado «passar ao lado» a infância dos filhos, querem agora acompanhá-los na adolescência. Assumem o papel único de mãe e de dona de casa e optam por um estilo de vida com mais tempo, menos stress e mais prazer.

O estudo «O Que as Mulheres Querem», levado a cabo pela Publicis Portugal, baseia-se numa análise dos meios de comunicação de massas, nomeadamente Imprensa, e resulta da recolha e sistematização dos conteúdos editoriais de centenas de artigos, publicados entre 2004 e 2005.
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